(Lucas Prates/ Hoje em Dia)
A greve dos metroviários que operam em Belo Horizonte continua nesta terça-feira (5). Já são 16 dias de paralisação e cerca de 70 mil pessoas são diretamente atingidas diariamente. O transporte público da capital permanece circulando com escala reduzida, com os trens apenas das 10h às 17h, ficando fora de operação nos horários de maior movimento,de manhã cedo e na volta para casa.
Nesta quarta-feira (6), às 18h, na Estação Central do metrô, a categoria vai se reunir em assembleia para discutir os rumos da greve e fazer deliberações sobre o movimento.
De acordo com o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais, a paralisação parcial das atividades deve seguir até que o governo federal esteja disposto a apresentar uma alternativa aos empregados em caso de privatização da CBTU. Os profissionais ainda se queixam da falta de respostas da companhia nas atuais negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Além do metrô de BH, os professores municipais e estaduais e servidores da Segurança Pública mantêm as paralisações das atividades. Confira as atualizações de cada movimento grevista.
Escolas Municipais
Os professores municipais de BH vão decidir o rumo da greve também nesta quarta-feira, às 8h30 na Praça da Estação, no Centro de BH. Nesta terça-feira (5), representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Rede Pública Municipal receberam uma nova proposta da Prefeitura de Belo Horizonte, que prevê atender as reivindicações dos professores. De acordo com a presidente do Sind-REDE, Vanessa Portugal, nesta reunião foram apresentadas questões que alteram “um pouco” a organização da carreira.
Contudo, a professora afirma que a prefeitura ainda não conseguiu resolver a principal reivindicação da categoria, que é a aplicação do piso salarial no primeiro nível da carreira.
Os trabalhadores querem que o reajuste seja pago a todos os níveis e que aposentados, trabalhadores da educação infantil e pessoas que ingressaram em concursos posteriores à decisão, sejam contemplados pelo reajuste.
Escolas Estaduais
O destino da paralisação da rede estadual de educação também será discutido nesta quarta-feira, no pátio da Assembleia Legislativa, às 14h. A paralisação dos profissionais já dura 27 dias e atinge, segundo o sindicato da categoria, 85% das escolas.
Ao Hoje em Dia, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) explicou que a equiparação ao piso nacional só acontecerá se o governador Romeu Zema pagar os retroativos desde 2019.
Na quarta-feira (30), os deputados da Assembleia Legislativa aprovaram o projeto de recomposição concedendo um aumento de 33,24%, para alcançar a equiparação com o piso nacional da educação. Os servidores ainda poderão ter a incorporação de alguns benefícios aos salários. Os deputados também aprovaram a anistia aos servidores em greve. Os benefícios foram estendidos aos profissionais da carreira da educação superior. A emenda que concedeu o reajuste foi vetada por Romeu Zema (Novo) e os vetos devem chegar à ALMG nesta quarta (6).
Segurança Pública
Os servidores da segurança pública também mantêm a greve em Minas. Na terça-feira (29), a categoria decidiu que não fará manifestações de rua no Estado, já que a proposta de reajuste salarial foi aprovada pelos deputados. Agora, a categoria espera a resposta dos deputados ao veto de Zema.
Para os servidores da segurança pública os deputados aprovaram um reajuste de 14%, que deve ser somado aos 10,06% propostos originalmente. Também foi aprovado o pagamento de auxílio social, em três parcelas anuais, cada qual correspondente a 40% da remuneração básica do soldado de 1ª classe, a serem quitadas nos meses de maio, agosto e novembro, para ativos e inativos.
Além disso, foi aprovada alteração na lei que estende o auxílio fardamento a outras categorias da segurança pública. A alteração é no sentido de incluir, entre os destinatários do benefício, ocupantes, na área da Defesa Social, dos cargos de médico, auxiliar executivo, assistente executivo e analista executivo.
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