Metroviários anunciaram paralisação total com cartazes no metrô (Rogério Lima/Hoje em Dia)
Os metroviários confirmaram na noite desta terça-feira (4) que vão radicalizar a greve e paralisar totalmente as atividades nesta quarta (5) e quinta (6).
De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro), Pablo Henrique Ramos de Azevedo, “o poder público não demonstra abertura para negociar com a categoria.”
“O governo não conversa, só vai fazendo as coisas sem nos comunicar. Em nenhum momento fomos chamados para negociar”, disse.
Ele também reforça que o principal motivo da decisão é protestar contra a possibilidade de privatização da empresa.
“O que está em jogo são os empregos de 1600 chefes de família que tiram seu sustento da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O patrimônio do povo está sendo vendido a preço de banana”, declarou.
Ainda de acordo com ele, a previsão é que a paralisação total dure os dois dias previstos.
"Mas, nada impede que ela se estenda após a assembleia que será realizada na quinta (6). A questão ainda está em aberto", afirmou.
Já a CBTU-MG informa que obteve, na tarde desta terça (4), decisão favorável ao pedido de aumento da multa diária de R$ 35 mil para R$ 70 mil por dia de paralisação.
“A multa será aplicada ao sindicato caso desobedeçam a ordem judicial deferida pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) da 3ª Região em 25 de agosto, que determinou o funcionamento diário de 60% dos trens, observada a totalidade de escala prevista. Fizemos o pedido depois que o Sindimetro decidiu pela paralisação total do transporte”, informou a CBTU-MG em nota.
A decisão foi do Desembargador 1° Vice-presidente do TRT-MG, Dr. César Pereira da Silva Machado Júnior.
A CBTU-MG destacou ainda que “não possui respostas sobre o processo de privatização, além das já publicadas pelos órgãos oficiais.
“As diretrizes e ações a respeito são conduzidas pelo Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (CPPI) e pelo Ministério da Economia e do Desenvolvimento Regional”, disse.
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