(Fernanda Moreira/Divulgação)
O Banco de Olhos do MG Transplantes será o primeiro da rede pública no país a oferecer córneas para a realização de trasplante lamelar endotelial. Segundo o Governo de Minas, os médicos foram treinados, recentemente, para preparar as córneas para o procedimento. A previsão é de que o método seja colocado em prática ainda esse mês.
Nesse tipo de transplante, apenas a parte posterior da córnea (endotélio) é substituída. O procedimento é indicado, principalmente, para pacientes com distrofia de Fuchs ou em casos de perda endotelial pós-cirurgia de catarata. Durante o treinamento, os médicos puderam praticar a secção de córneas por meio de um equipamento chamado microcerátomo, que realiza a divisão do tecido ocular, possibilitando que o endotélio seja separado e destinado a equipes transplantadoras de todo o Estado. O treinamento foi ministrado pelo diretor da Loktal, Uriel Binembaum. De acordo com o diretor técnico do Banco de Olhos, Marcelo Lemos, esse tipo de transplante oferece ao paciente uma recuperação pós-operatória muito mais rápida do que quando se substitui a córnea por completo. “O paciente que realiza o transplante da córnea inteira leva, em média, nove meses para retirar os pontos, e ainda mais três para a cicatrização e estabilização. Com a técnica endotelial, a incisão feita é bem menor. Portanto, três meses após o transplante a córnea já está cicatrizada”, explica.