(Editoria de Arte)
A Secretaria de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) investiga a relação entre um caso já confirmado de microcefalia e o zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti. A doença foi diagnosticada em um bebê nascido na última semana no Hospital Sofia Feldman, na região Norte da capital. Material coletado do recém-nascido e da mãe está em análise pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e pelo Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com a SMSA, todos os protocolos para a doença estão sendo seguidos, incluindo exames para possível diagnóstico de rubéola, toxoplasmose e citalomegalovirus, além de dengue e febre chikungunya. Até a tarde dnessa segunda (30), o Ministério da Saúde não havia sido notificado.
Aumento de quase 70%
O número de casos de microcefalia no Brasil vem aumentando vertiginosamente. Em apenas uma semana, foram 509 registros novos, crescimento de 69%.
A doença, que vem se manifestando com mais força nas regiões Norte e Nordeste, chegou ao Sudeste: há 13 casos sendo investigados no Rio de Janeiro. Pernambuco é disparado o local mais afetado, com 646 doentes.
A relação entre a microcefalia e o zika vírus foi confirmada no último sábado. A doença é provocada pelo mesmo mosquito que transmite a dengue. Até agora, sete brasileiros morreram por causa da doença, apenas um teve diagnóstico positivo para zika vírus.
Em casa
A notificação do caso de microcefalia em BH foi feita na segunda-feira da semana passada e tanto mãe quanto bebê receberam alta no dia seguinte. Em nota, a SMSA informou que o atendimento a gestantes e recém-nascidos não foi alterado e que casos de microcefalia identificados no nascimento e pré-natal devem ser avaliados com o Serviço de Vigilância Epidemiológica para as devidas providências.
Equipes de saúde da capital estão recebendo treinamento específico. Uma nota técnica sobre a doença e o zika vírus foi divulgada nessa segunda (30) a todas as instituições de saúde da cidade.