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Milton Nascimento lamenta morte de Lô Borges: ‘deixará um vazio e uma saudade enormes’

Cantores marcaram a história da Música Popular Brasileira (MPB) com o "Clube da Esquina"

Bernardo Haddad
@_bezao
03/11/2025 às 10:30.
Atualizado em 03/11/2025 às 10:38
Capa do álbum Clube da Esquina  (Divulgação)

Capa do álbum Clube da Esquina (Divulgação)

O cantor e compositor Milton Nascimento usou as redes sociais para lamentar a morte do companheiro de “Clube da Esquina”, Lô Borges. A morte do artista mineiro foi confirmada nesta segunda-feira (3), mas teria ocorrido na noite desse domingo (2). 

“Lô nos deixará um vazio e uma saudade enormes, e o Brasil perde um de seus artistas mais geniais, inventivos e únicos”, escreveu Bituca. 

O perfil de Milton exaltou a importância de Lô Borges na vida e na carreira de Bituca. 
 
“Lô Borges foi - e sempre será - uma das pessoas mais importantes da vida e obra de Milton Nascimento. Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo: o Clube da Esquina”, destacou, desejando amor e força à família Borges, que o acolheu em sua chegada a BH, nos anos 60. 

Milton Nascimento e Lô Borges lançaram o icônico álbum “Clube da Esquina”, em 1972, considerado um dos melhores discos de todos os tempos. Canções como "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo" e "Clube da Esquina nº 2" são frutos dessa parceria.

Trajetória de Lô Borges

Lô Borges começou na música ainda na infância, influenciado por uma família numerosa. Ele aprendeu a tocar violão, formou bandas na adolescência com seus irmãos e se reunia em esquinas do bairro Santa Tereza, região Leste de BH e coração do MPB mineiro, para tocar e ouvir música com amigos, como Milton Nascimento.

Essa interação entre amigos, bares e música, combinada com o aprendizado teórico da Bossa Nova e a inspiração nos Beatles, moldou o estilo que mais tarde o levaria ao projeto "Clube da Esquina".

Em 1972, pouco após o lançamento do álbum “Clube da Esquina”, Lô lança seu primeiro álbum solo, auto intitulado “Lô Borges”. O disco ficou popularmente conhecido como o “Disco do Tênis”, por conta da foto de seu tênis na capa.

O repertório de Lô conta com grandes sucessos da MPB, como “O Trem Azul”, "Paisagem da Janela", "Cravo e Canela", "Um girassol da cor do seu cabelo”, “Tudo Que Você Podia Ser” e “Nada Será Como Antes”.

Após períodos de menor exposição, Lô Borges retomou uma fase produtiva a partir de 2019, lançando um novo trabalho de estúdio por ano, como “Rio da Lua” (2019), “Dínamo” (2020), “Muito Além do Fim” (2021) e “Tobogã” (2024), e mais recentemente “Céu de Giz” (2025), em parceria com Zeca Baleiro.

Ao longo da carreira, o músico teve composições gravadas por grandes nomes da música brasileira, como Tom Jobim, Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Beto Guedes, 14 Bis, Skank e Nando Reis.

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