Mina du Veloso tem mais de 400 metros de galerias interligando câmaras (salões) com pilares de sustentação do teto
Mina du Veloso tem mais de 400 metros de galerias interligando câmaras (salões) com pilares de sustentação do teto (Reprodução / site Prefeitura de Ouro Preto)
Foi lançado esta semana, pelo Ministério do Turismo, o Guia do Afroturismo no Brasil – Roteiros e Experiências da Cultura Afro-Brasileira do país. O diagnóstico sobre o afroturismo no Brasil, mapeando experiências e serviços turísticos protagonizados por pessoas negras tem um local indicado em Minas: a Mina du Veloso, em Ouro Preto.
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De acordo com prefeitura da cidade histórica, a A Mina Du Veloso é um "belo exemplar da genialidade africana nos trabalhos em busca do ouro
nos séculos XVIII e XIX". E nela é possível "identificar e vivenciar
diversos aspectos técnicos e culturais desse trabalho".
São mais de 400 metros de galerias interligando câmaras (salões) com pilares de sustentação do teto. Durante todo trajeto podem ser vistos marcas dos trabalhos feitos pelos mineradores africanos escravizados. A visita à mina é feita por um guia experiente que mostra e explica cada detalhe, exaltando os costumes e o dia a dia desses trabalhadores africanos nas áreas de mineração.
Somam-se ainda as particularidades da sociedade e economia que vigoravam em Ouro Preto, antiga Vila Rica, bem como a geologia da região. O guia também destaca os reflexos desse período da história brasileira nos dias atuais para, a partir disso, provocar reflexões sobre temas como raça, etnia, identidade, trabalho, exploração e empoderamento.
Além de identificar boas práticas nacionais e internacionais e subsidiar políticas públicas voltadas ao setor. A iniciativa visa reconhecer essa contribuição, valorizando espaços de memória e resistência e também é uma forma de reconectar-se com o passado, resgatar sua ancestralidade, fortalecer o presente e projetar um futuro de valorização da cultura negra.
O guia organiza as experiências por macrorregiões e por tipo de atividade, trazendo opções que vão de visitas a quilombos e terreiros até circuitos gastronômicos, museus e feiras culturais.
O material reflete a diversidade da cultura afro-brasileira, evidenciando o potencial do turismo como instrumento de geração de renda, fortalecimento da identidade cultural e valorização do patrimônio histórico material e imaterial.
(*) Com informações da Agência Brasil