Doença de mesmo nome, provocando erupções na pele e infecção parecida com a gripe; lesões geralmente surgem no rosto, antes de se espalharem pelo restante do corpo (Centers for Disease Control and Prevention / Divulgação)
Minas Gerais chegou a 101 casos confirmados de varíola dos macacos, conforme informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) na noite dessa segunda-feira (9). Outros 331 casos estão em investigação e quatro foram classificados como prováveis.
Segundo a pasta, todos os pacientes são homens, com idade entre 21 e 55 anos, em boas condições clínicas. Em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados pelas Secretarias Municipais.
Até o momento, apenas Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária. A cidade, inclusive, já registra um óbito pela doença causada pelo vírus monkeypox. Trata-se de um homem, de 41 anos, que morreu no dia 28 de julho. O paciente estava em acompanhamento hospitalar para monitoramento, já que ele possuía outras condições clínicas graves.
A capital mineira é a cidade com mais casos confirmados no Estado (75). Desde a manhã de segunda (8), quando o número de casos notificados estava em 81, Minas registrou aumento de 25% nos diagnósticos positivos.
O número de diagnósticos positivos, no entanto, ainda pode aumentar no Estado, já que outros 331 casos ainda são investigados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Há ainda quatro casos classificados como prováveis.
Em nota, a SES-MG ainda informou que uma notificação de caso suspeito no município de Abadia dos Dourados, na região do Alto Paranaíba, foi excluída após verificação de erro de digitação. Sendo assim, não há casos suspeitos no município.
Transmissão e prevenção
No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas expelidas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis, informa o Instituto Butantan. Uma medida para evitar a exposição ao vírus é a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.
O Butantan ressalta que residentes e viajantes de países endêmicos devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas). Devem também “abster-se de comer ou manusear caça selvagem”.
O período de incubação da varíola dos macacos costuma ser de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, conforme relato do Butantan. Por isso, pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.