O Governo de Minas anunciou nesta terça-feira (24), Dia Mundial de Combate a Tuberculose, reforço na ampliação do diagnóstico da doença. Para aumentar a realização de diagnósticos, nos últimos meses, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) vem reorganizando a rede de laboratórios, com aquisição e distribuição de insumos (reagentes e meios de cultura) e a realização de capacitações para profissionais de vários laboratórios. Nove equipamentos já foram distribuídos em oito laboratórios sendo cinco no interior do Estado, dois equipamentos no laboratório de referência da prefeitura de Belo Horizonte e um equipamento em cada hospital (Júlia Kubitschek e Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais). “Estes laboratórios também foram habilitados para a realização de cultivo para micobactérias e servirão como referências para as microrregiões no diagnóstico da tuberculose”, afirma Augusto. Em 2014 foram registrados em Minas 1.945 casos da doença. Diagnóstico O Teste Rápido Molecular (RTR-TB) é um exame para o diagnóstico inicial que permite a identificação da bactéria causadora da doença, mostrando se ela expressa resistência à Rifampicina (um dos antibióticos considerados como primeira opção no tratamento da tuberculose). Embora o teste faça o diagnóstico em até duas horas, ele representa apenas um acréscimo de informações. Isto porque a metodologia oficial de diagnóstico utilizada no Brasil é a de cultura de bactérias, com prazo de 60 dias para liberação de resultados. Por essa razão, o Teste Rápido Molecular será usado somente em casos específicos, conforme orientação do Ministério da Saúde. “A técnica agrega uma tecnologia a mais no diagnóstico, de forma mais simples, sensível e específica. Após o diagnóstico o médico já tem um direcionamento e pode iniciar o tratamento específico para cada caso”, explica Augusto. Segundo ele, a inclusão do Teste Rápido veio para consolidar a descentralização dos exames de tuberculose nos laboratórios macrorregionais. Tuberculose Febre, tosse persistente, sangue no escarro, suor excessivo a noite, perda de peso, fraqueza e falta de apetite são sintomas que podem estar associados a uma doença grave que, se não for cuidada, pode levar a morte. É a tuberculose, doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, transmitida pelo ar e que pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões. Por ser mais frequente, a forma pulmonar é a principal responsável pela transmissão. Ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, sendo denominadas de bacilíferas. Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados. A taxa de abandono, preconizada pelo Ministério da Saúde para o tratamento, é de 5% e o estado de Minas Gerais apresentou, em 2012, último ano com dados fechados no sistema, taxa de 10%. Devido ao longo período de tratamento, as taxas referentes aos anos de 2013 e 2014 ainda não foram fechadas. *Com Agência Minas