(Frederico Haikal/Arquivo)
Um dos menores volume de chuva já registrado na história de Minas Gerais. Assim foi o atípico janeiro de 2015 – justamente o período em que a chuva devia ser mais intensa. Não bastasse a estiagem, o calor prevaleceu em todo o Estado: as temperaturas ficaram 4ºC acima da média. Belo Horizonte quase bateu o recorde de 1988, quando foi registrado 35.4ºC. No último dia 21, fez 35.1ºC na capital. Segundo o meteorologista do Climatempo, Ruibran dos Reis, em Belo Horizonte, choveu apenas 34% do esperado para janeiro, o que corresponde a 94 milímetros. Para se ter uma ideia de como a situação é alarmante, no ano passado, o volume de chuva foi de 103,9 milímetros, que já foi considerado abaixo da média histórica que é de 296,3 milímetros. “A situação somente foi mais crítica em 1976, quando choveu 32.2 milímetros na capital”. O cenário descrito acima resultou em uma das mais graves crises de recursos hídricos vivenciadas nos municípios mineiros. E a notícia só tende a agravar. “As pancadas isoladas que ocorreram em janeiro não ajudaram na recuperação das nascentes e mananciais e a tendência é piorar ainda mais. Esse será o pior ano em termos de chuva”, afirmou o meteorologista. Para fevereiro, a previsão é melhor. "Tudo indica que a chuva ficará em torno da média para o mês, que é de 188 milímetros", afirmou o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Ladeia. O volume esperado, porém, não é o bastante para encher os reservatórios do Estado. Previsão Nos próximos dias, deverá chover nas regiõe Oeste, Triângulo Mineiro, Sul e Zona da Mata. Nas demais regiões, em especial o Norte, Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Vale do Rio Doce, não há previsão de chuva. Já em Belo Horizonte, deve cair pancadas isoladas. Na cidade, o mês já iniciou com temperaturas elevadas. A mínima foi de 23ºC e a máxima deverá ser de 32ºC. Racionamento Conforme Ruibran Reis, apenas para novembro há previsão de chuvas mais fortes, mas, até lá, a orientação é economizar. O governo de Minas estabeleceu que a população reduza em 30% o consumo de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Caso contrário, será criada uma sobretaxa para quem consumir mais água que em 2014. De acordo com o governador Fernando Pimentel, se o consumo não cair e a vazão dos mananciais não aumentar nos próximos dias, em três meses, ocorrerá um racionamento severo no Estado.