Minas tem baixo estoque de oxigênio e Zema admite risco de desabastecimento em cidades pequenas

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
18/03/2021 às 13:33.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:26
 (Divulgação Ministério da Saúde)

(Divulgação Ministério da Saúde)

O governador de Minas Romeu Zema (Novo) admitiu, nesta quinta-feira (18), que o Estado pode sofrer com a falta de oxigênio para pacientes com Covid-19 em alguns hospitais. O nível de estoque do insumo é baixo, mas ainda não há registro de desabastecimento.

“O risco é maior nas cidades pequenas que têm hospitais e unidades de saúde onde são utilizados cilindros, e não o gás que fica em um grande tanque abastecido por um caminhão, como um posto de gasolina. Como esses cilindros duram três ou quatro horas, existe sim um risco de desabastecimento, mas nós tomamos todas as medidas para que isso seja regularizado o quanto antes. Temos um baixo nível de estoque, mas ainda não chegou a faltar”, disse.

A informação foi dada à Rádio CBN Juiz de Fora. Também durante a entrevista, Zema voltou a afirmar que mantém contato com autoridades e fornecedores. “Temos remanejado dentro do que é possível entre as unidades de saúde e temos falado constantemente com o Ministério da Saúde. Julgo que é pouco provável que nós venhamos a ter o que aconteceu em Manaus porque já tomamos todas as medidas”. Na capital do Amazonas o colapso no sistema levou à falta de oxigênio e forçou parentes de pacientes a comprarem cilindros superfaturados às pressas para tentar salvar a vida dos doentes.

Risco

Diversos municípios de Minas registraram, na quarta-feira (17), risco de falta de oxigênio em hospitais que atendem pacientes com Covid-19.  O insumo é essencial para o tratamento de casos mais graves. Em Barão de Cocais, na região Central do Estado, por exemplo, a prefeitura enviou um caminhão até Ipatinga, no Vale do Aço, nessa terça, e adquiriu 42 cilindros para abastecerem o Hospital Municipal Waldemar das Dores, único centro médico do município.

No Norte de Minas, os hospitais de Bocaiúva, Brasília de Minas, Coração de Jesus, Espinosa, Jaíba, Janaúba, Januária, Montes Claros, Pirapora, Salinas, Taiobeiras, Varzelândia e Manga registram escassez do insumo e risco de desabastecimetno, conforme a Associação Mineira da Área Mineira da Sudene . 

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