(Tânia Rego/Agência Brasil)
Minas Gerais tem uma fila com mais de 300 mil pessoas aguardando cirurgias eletivas. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (24), pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, durante evento realizado em Mantena, no Vale do Rio Doce. Para diminuir a espera, o objetivo do governo é fazer “dois anos em um” para tentar recuperar o tempo perdido durante a pandemia da Covid-19.
Segundo o titular da pasta, Minas pleiteou junto ao Ministério da Saúde, há cerca de um mês, a manutenção de cerca de 860 leitos de CTI pós-Covid, para que o legado permaneça no Estado.
“Na próxima quarta-feira volto a Brasília para cobrar um posicionamento do Ministério da Saúde para que a gente possa deixar uma estrutura muito mais robusta, especialmente de terapia intensiva”, disse.
Fábio Baccheretti estava acompanhado do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), em um evento que anunciou a liberação de R$ 729 mil para a finalização da construção da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Mantena, que estava paralisada há sete anos.
Durante o anúncio, Zema explicou que a meta, após o controle da pandemia da Covid-19 no Estado, é desafogar a enorme fila de cirurgias eletivas que não puderam ser realizadas nos períodos mais críticos de transmissão do coronavírus.
“Há mais de 100 dias o número de casos, internações e óbitos tem caído de forma sistemática. E, agora, temos um grande desafio, que é colocar o sistema de saúde em dia, haja vista que as cirurgias eletivas ficaram represadas desde o início da pandemia. São milhares de pessoas aguardando por uma cirurgia”, explicou.
Cenário em BH
Em Belo Horizonte, pacientes de mais de 576 cidades mineiras aguardam uma cirurgia eletiva. De acordo com dados divulgados pela PBH no início de setembro, https://www.hojeemdia.com.br/esportes/33-mil-pessoas-de-576-munic%C3%ADpios-mineiros-aguardam-na-fila-por-cirurgias-eletivas-em-bh-1.852551 pessoas esperam por uma operação pelo Sistema Único de Saúde.
As principais demandas são nas áreas da otorrinolaringologia, ginecologia e cirurgias gerais. Ao todo, 35% dos doentes não moram na capital. Isso ocorre porque a cidade é considerada centro de referência para o tratamento de várias enfermidades.
(*) Com informações da Agência Minas