Temperaturas elevadas e maior umidade relativa do ar aumentam os riscos
Número de mortes provocadas por picadas de escorpião aumentou, passando de 92 em 2022 para 134 no ano passado (ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)
Minas é o segundo estado com mais acidentes com escorpiões no país. Foram 38.827 casos no ano passado. O território mineiro ainda responde pela maior taxa de letalidade (0,17%), conforme levantamento do Ministério da Saúde. No Brasil, foram mais de 200 mil ocorrências, a maioria em áreas urbanas. Períodos com temperaturas elevadas e maior umidade relativa do ar aumentam os riscos.
Os dados da pasta federal indicam que 65,92% dos casos foram registrados em centros residenciais e comerciais. As ocorrências nas áreas rurais somam 30,43%. Com relação às vítimas, jovens de 20 a 29 anos são os mais que mais foram picados, seguido pelos grupos de 40 a 49 anos, 30 a 39 anos e 50 a 59 anos.
Os números indicam que 53% das vítimas de picadas de escorpião eram pardas (53%), seguidas por brancas (30%), pretas (7%) e amarelas (1%), sendo que em 8% dos casos não foi identificada raça ou cor do paciente.
O chamado acidente escorpiônico representa o quadro clínico de envenenamento provocado quando o animal injeta a peçonha através do ferrão. Representantes da classe dos aracnídeos, os escorpiões são predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo.
Dentre os principais locais de picada, o pé aparece em primeiro lugar (22,56%). Em seguida, estão dedos da mão (22,28%), mão (18,32%), dedos do pé (9,38%), perna (5,63%), tronco (5,38%), braço (4,57%), coxa (3,92%), cabeça (2,64%) e antebraço (2,47%). Em 2,85% dos casos, o local não foi registrado.
De acordo com o ministério, 89% das notificações de acidentes com escorpião registradas em 2023 foram classificadas como leves; 5,99%, como moderadas; e 0,77%, como graves, sendo que, em 4,16% dos casos, o nível de gravidade não foi informado.
Os números revelam que a taxa de letalidade por picada de escorpião aumenta à medida que o tempo decorrido desde o acidente se torna maior. Em pacientes que receberam atendimento entre uma e 12 horas após serem picados, a taxa se manteve abaixo de 10%. Já em grupos atendidos 24 horas ou mais após serem picados, o índice subiu para quase 40%.
Dentre os sinais e sintomas mais comuns entre vítimas de acidentes com escorpiões estão dor (85,69%), edema ou inchaço causado pelo acúmulo de líquidos (64,55%) e equimose ou sangramento no tecido subcutâneo (10,9%). Em 1,26% dos casos, foi identificada necrose ou morte celular.
Em caso de acidentes, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox MG), vinculado do João XXIII pode ser acionado para orientações sobre os primeiros socorros até o encaminhamento à unidade de saúde.
Os telefones do centro são (31) 3224-4000, 3239-9390, 3239-9308 ou 0800-7226001.
* Com informações da Agência Brasil
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