Mineira assassinada na Itália é enterrada em Uberlândia

Jefferson Delbem - Hoje em Dia
14/09/2013 às 10:22.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:23

Em clima de tristeza, foi enterrada na manhã deste sábado (14), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o corpo da turismóloga Marilia Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, que foi assassinada no fim de agosto, na cidade de Gambara, na Itália. O corpo foi sepultado no Cemitério Bom Pastor, no bairro Planalto, 17 dias depois de Marilia ter sido encontrada morta. O empresário Claudio Grigoletto, que era patrão da vítima, e mantinha um relacionamento extraconjugal com ela, confessou a polícia ser o autor do crime.
 
O corpo de Marilia chegou a Uberlândia no fim da tarde de sexta-feira (13). A princípio, ela seria enterrada no mesmo dia, mas devido a um atraso no voo, que saiu de São Paulo rumo à cidade mineira, o sepultamento acabou ocorrendo por volta de 10 horas deste sábado .Dezenas de pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam a cerimônia.
 
O empresário italiano, apontado com o principal suspeito do assassinato da mineira, revelou que o crime ocorreu depois que a brasileira e ele brigaram. Conforme Claudio Grigoletto, Marilia caiu e bateu a cabeça. A nova versão do assassinato foi dada pelo empresário durante confissão ao promotor Ambrogio Cassiani, responsável pela investigação do homicídio. A informação foi divulgada pela Agência Italiana de Notícias (Ansa), na sexta-feira (13).
 
A polícia italiana afirmou que a versão do empresário não é compatível com as investigações e análises da perícia, que suspeitam que Marília foi estrangulada. Já sobre as marcas na face, no colo e na nuca da jovem, Grigoletto afirmou que a teria ajudado durante uma convulsão, provocada pela queda durante a briga.

Além disso, o homem ainda disse que, ao perceber que a brasileira estava morta, deixou o escritório e se dirigiu ao campo de Bedizzole, onde havia aulas de voo agendadas. O empresário, que está preso em caráter preventivo desde o dia 3 deste mês, é um dos donos da empresa Alpi Aviation do Brasil, onde Marília trabalhava e foi achada morta no mês passado.
 
Entenda o caso
 
O corpo da mineira, de 29 anos, foi encontrado no dia 30 de agosto, dentro do escritório da Aviação Alpi do Brasil, empresa de compra e venda de ultralaves, na cidade de Gambara, província de Bréscia, no norte da Itália. Marília, que estava grávida de cinco meses, trabalhava no local, e o corpo dela foi encontrado por James Conzadori, um dos seus chefes. Conzadori tinha ido ao escritório para levar alguns documentos e se deparou com a funcionária caída no chão.

Por meio da posição do corpo, das feridas na testa e outros detalhes, peritos confirmaram que se tratava de um homicídio e descartaram uma das hipóteses de que Marilia tivesse caído depois de ser acidentalmente intoxicada por um gás, que escapava da caldeira de tubo do escritório. As investigações indicaram ainda que o gás metano foi liberado propositalmente para encobrir o assassinato.

Dias depois do crime, a polícia prendeu o proprietário da empresa, Claudio Grigoletto, de 32 anos. O filho que Marília estava esperando era de Grigoletto. No entanto, homem era casado e tinha outras duas filhas. Para o Ministério Público local, o crime foi praticado para encobrir a traição.

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