IVA começará a ser cobrado em 2026 e será implementado gradualmente até 2033 (Reprodução)
O número de dívidas dos mineiros caiu 7,83% no mês de fevereiro, se comparado ao mesmo período do ano passado. O dado é do Indicador de Inadimplência do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais, divulgado nesta quinta-feira (22).
E essa redução na quantidade de contas em atraso é um reflexo da queda na taxa de juros, que em fevereiro deste ano foi de 6,75%, contra 12,25%, em fevereiro do ano passado, segundo o Banco Central. Outros fatores como a desaceleração da inflação e a queda na taxa de desemprego também ajudaram.
Para o presidente do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais, Bruno Falci, essa melhora nos indicadores macroeconômicos impactou, positivamente, na capacidade de pagamento dos consumidores. “Com a retomada gradual do crescimento da economia e a volta ao mercado de trabalho, as pessoas estão priorizando o pagamento de suas dívidas, para assim, poderem voltar a consumir", destaca ele.
Essa redução, segundo Bruno Falci, também é um reflexo da liberação, no ano passado, do dinheiro das contas inativas do FGTS e do PIS/PASEP. As pessoas priorizaram o pagamento de dívidas e a compra de bens de consumo à vista, o que evitou que o contrato de novas dívidas.
Ainda segundo Falci, a população está mais conciente quando o assunto é consumo. Com a crise econômica e a falta de emprego que afetaram o país nos últimos anos, o consumidor está mais prudente e comprando apenas o necessário ou o cabe no seu bolso.
A pesquisa aponta também que o recuo da inflação, principalmente no grupo dos alimentos, permitiu um aumento na renda disponível, "especialmente para as famílias das classes sociais mais baixas, para as quais o item alimentação tem um peso elevado no orçamento”, esclarece Falci.