Tragédia em Mariana: rompimento da barragem de Fundão inundou dezenas de cidades e causou a morte de 19 pessoas em novembro de 2015 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Os atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, na região Central de Minas, que ocorreu no dia 5 de novembro de 2015, ainda enfrentam problemas relacionados à tragédia. Desde o fim do ano passado, a fundação Renova, criada pela Samarco, Vale e BHP Billiton, vem atrasando o pagamento dos aluguéis de algumas das casas que foram locadas para abrigar as famílias que perderam tudo.
O motivo seria o vencimento dos contratos com os proprietários dos imóveis alugados. Segundo o acordo fixado após o rompimento, as empresas ficariam responsáveis por pagar as despesas de aluguel as famílias durante o período de um ano. Com o final do prazo e a transferência da responsabilidade das mineradoras para a Renova, alguns documentos de locação acabaram não sendo renovados.
Por meio de nota, a fundação Renova confirmou a situação. “Em relação à locação de imóveis em Mariana e Barra Longa, a Fundação Renova esclarece que mantém cerca de 400 propriedades alugadas na região. Aproximadamente 85% desses contratos estão com o pagamento regularizado. Entretanto, durante o processo de transição dos contratos da Samarco para a Fundação, ocorreram atrasos no pagamento dos aluguéis de alguns imóveis”.
Diante disso, a Renova garantiu que resolverá o problema o mais rápido possível. “Esses contratos estão sendo regularizados e a fundação está trabalhando para normalizar os pagamentos ainda esta semana”.
De acordo com ela, os atingidos pela tragédia não precisam mais se preocupar, pois os novos contratos devem ter um tempo de duração maior. “A fundação Renova pede desculpas pelos transtornos ocorridos. Com a finalização do processo de transição, os contratos sob a gestão da Fundação passam a ser de dois anos de validade, evitando eventuais entraves nas negociações de renovação”.