Ministério Público denuncia 19 envolvidos em tiroteio em Juiz de Fora

Rosiane Cunha*
19/12/2018 às 22:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:39
 (TV Globo/Reprodução/Montagem)

(TV Globo/Reprodução/Montagem)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra 19 envolvidos em um tiroteio no estacionamento de um hospital em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e que resultou na morte de duas pessoas, sendo um policial civil mineiro e um empresário. Foram feitas duas denúncias com, respectivamente, sete e 12 denunciados.

Dois empresários, três policiais civis de Minas, um advogado e um motorista foram denunciados na primeira ação penal pelos crimes de latrocínio, participação em organização criminosa com emprego de arma de fogo, estelionato e lavagem de dinheiro. Os policiais civis também são acusados de fraude processual.

Na outra ação, o MPMG denuncia os dois delegados de São Paulo e os sete policiais civis paulistas por lavagem de dinheiro e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. Também foram denunciados por lavagem de dinheiro os três empresários paulistas.

O caso

No dia 19 de outubro, por volta das 11h30, um dos supostos empresários, acompanhado de dois comparsas, seguiu para o hotel onde seria feita a negociação, mas desconfiou do forte esquema de segurança dos empresários paulistas.  Eles deram uma desculpa e saíram do hotel dizendo que voltariam em 40 minutos. Passado  esse tempo, os empresários paulistas acreditaram que o negócio não seria mais concluído e dispensaram a escolta, que seguiu para o  aeroporto.

Um dos policiais mineiros que ficou vigiando o hotel e um dos supostos empresários retornou ao hotel e convidou os empresários paulistas para verem o dinheiro que seria objeto da negociação ilícita, que se encontrava em um prédio a apenas 600 metros dali. Já no estacionamento do hospital, um dos integrantes da organização criminosa abriu o porta-malas e apresentou seis malas de viagem cheias de notas de R$ 100,00. 

O objetivo da organização criminosa era converter em ativos lícitos o valor em espécie de R$ 56.000 provenientes de estelionatos praticados anteriormente pelos supostos empresários, bem como obter vantagem ilícita por meio da colocação de 147.633 notas falsas devidamente embaladas em pacotes plásticos e misturadas com notas originais, simulando o montante de R$ 14.673.300, que seriam repassadas às vítimas.

O segurança privado do empresário de São Paulo questionou a originalidade das notas e nesse momento, dois policiais civis de Minas chegaram correndo de arma em punho e gritando “perdeu, perdeu”. Um dos policiais atirou no segurança, que revidou. O primeiro morreu no local e o segundo no hospital. 

Antes disso, os policiais mineiros já haviam abordado, na entrada do estacionamento, os demais integrantes da escolta dos empresários, que retornaram do aeroporto para o local da negociação após um dos delegados enviar uma mensagem com a localização do grupo. Após a abordagem, os policiais civis de São Paulo foram desarmados e tiveram seus pertences recolhidos.

Dois integrantes da organização criminosa saíram do local caminhando e ainda não foram localizados. Durante a troca de tiros, um dos supostos empresários foi atingido no pé por um disparo de arma de fogo, sendo socorrido no próprio hospital. 

Veja o vídeo:

*Com informações do MPMG

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