Mirante Bandeirantes, na Orla da Lagoa da Pampulha, é reinaugurado

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
13/12/2016 às 12:53.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:03

Os frequentadores da orla da Pampulha ganharam um novo espaço para observar a beleza natural e o acervo arquitetônico que são patrimônios da humanidade. O Mirante Bandeirantes, localizado em frente à Casa Juscelino Kubitschek, foi reinaugurado nesta terça-feira (13) após grande reforma. O local ainda ganhou esculturas em tamanho real de JK e dos três principais artistas responsáveis pelo projeto arquitetônico da Pampulha: Oscar Niemeyer, Cândido Portinari e Burle Marx, a um custo de cerca de R$ 500 mil. 

Além do ponto de observação, o mirante ganhou novos bancos, iluminação e banheiros. De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC) e idealizador do projeto, Leônidas Oliveira, os outros quatro espaços da orla também deverão passar por reforma. “A ideia é a de que a orla da Lagoa da Pampulha tenha lugares como esse, para sentar, conversar e, sobretudo, conhecer esse patrimônio tão importante para o mundo”. 

Leônidas adiantou que há a proposta de colocar uma área de descanso com banheiros e comida em um dos mirantes, com o cuidado de não agredir o patrimônio. “Vamos fazer primeiro um levantamento para saber como está a questão estrutural danificada. Ainda não temos datas”, afirmou.

Inspiração
Assinado pela escultora Vânia Braga, em parceria com o artista plástico Diego Rodrigues, o monumento “Eterna Modernidade” foi feito em bronze e em apenas quatro meses. Para conseguir cumprir o prazo apertado, o trabalho não parou nem mesmo nos fins de semana e feriados. 

Conforme Vânia, a obra foi inspirada num momento vivido na região em 1942. “Juscelino chamou Oscar Niemeyer para fazer esse belo projeto arquitetônico da Pampulha e, com ele, estavam Burle Marx, com suas paisagens, e Cândido Portinari, já projetando obras de arte”, destacou.

A expectativa da escultora é a de que, ao visitar o monumento, os visitantes consigam ir “para dentro do conjunto”. “Quero que as pessoas se integrem às obras de arte, que se sentem e conversem aqui”, afirmou a artista.

Assim como Vânia, Alex Veiga, empresário da construtora Patrimar, que patrocinou a obra, se diz feliz por cooperar com o projeto. “Ficamos satisfeitos por ter podido participar com a prefeitura desse projeto, num momento tão complicado como esse que estamos vivendo. A cidade ganha mais uma vez”, disse. 

Mais investimentos
A Prefeitura de Belo Horizonte também estuda implantar um museu na orla da Lagoa da Pampulha. Conforme Leônidas Oliveira, o espaço deverá ser construído no mesmo local onde, segundo o projeto original, estava previsto um hotel. “Existiam cinco projetos (para a região), e o hotel não foi construído. Lá estão as bases do hotel que Niemeyer projetou, mas que acabou não sendo construído”, apontou o presidente da FMC. Leônidas explicou que o objetivo do museu é “contar a história de como o fenômeno Pampulha se deu. “Já estamos finalizando os estudos”, adiantou. 

Além disso, a PBH examina lançar um mapa turístico da cidade, que acompanhará os modelos internacionais, com fotos e feito em 3D. “Será mostrado um panorama do turismo em BH, no qual a Pampulha terá um mapa especial”, afirmou Leônidas. 

A fundação ainda planeja reformar os jardins da Igrejinha da Pampulha a partir do ano que vem.

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