Moradores da beira do Anel Rodoviário vão para prédios

Bruno Moreno - Hoje em Dia
29/11/2013 às 07:10.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:27
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

O destino das cerca de 900 famílias que vivem às margens do Anel Rodoviário, entre a avenida Cristiano Machado e a saída para Vitória, já têm endereço. O reassentamento desses moradores foi apontado como um dos maiores desafios à duplicação da rodovia que cruza a capital de Nordeste a Sul.

As famílias serão realocadas em prédios erguidos nos bairros São Gabriel e Belmonte, localizados em um raio de dois quilômetros de onde atualmente residem, dentro do programa Minha Casa Minha Vida.

Entretanto, enquanto as novas moradias não ficarem prontas, as pessoas terão que se desdobrar para conseguir um lugar para morar. Nesse período, cada família receberá uma ajuda para pagar aluguel, no valor de R$ 500.

Os lotes onde serão construídos os prédios são da União e estão em processo de transferência para o município de Belo Horizonte. O valor estimado para as remoções é de R$ 75 milhões, incluindo a construção dos prédios.

A previsão é de que a retirada dos moradores seja feita no ano que vem, assim como o início das obras dos prédios. Entretanto, ainda não há um prazo determinado para entrega dos apartamentos.

BR-381

As obras de duplicação do Anel Rodoviário, neste trecho, fazem parte do lote 8B da BR-381, entre Governador Valadares e Belo Horizonte. A primeira tentativa de licitação da duplicação do lote, feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), em setembro deste ano, foi frustrada.

Atualmente, o Dnit prepara um novo edital, que deve ser lançado nos próximos meses.

Enquanto não chega o momento de deixar suas residências, neste fim de semana, o Programa de Conciliação para Remoção e Reassentamento Humanizado das famílias do Anel Rodoviário de Belo Horizonte e BR-381 realizará um encontro com as famílias da Vila Luz e da Vila Pica-Pau, para explicar como serão feitas as desapropriações e como será o projeto de duplicação da rodovia.

Promessas

A demora na duplicação da rodovia representa um risco à população que vive nas áreas invadidas às margens da rodovia. O pedreiro José Geraldo Silva, de 44 anos, reclama da espera. “Há muito tempo estão falando que vão nos retirar e usam isso como desculpa para não construir passarelas e colocar radares”, disse.

Além das famílias de Belo Horizonte, há ainda 450 de Santa Luzia e 100 de Sabará vivendo às margens da rodovia. Serão investidos R$ 50 milhões e R$ 20 milhões, respectivamente, nos reassentamentos delas.

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