Moradores da ocupação William Rosa, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, pedem a garantia de 500 unidades habitacionais para deixar o terreno, que foi invadido em outubro do ano passado. Eles se reuniram na noite de quinta-feira (11) para avaliar a proposta feita pelo Governo Federal, Ceasa e Prefeitura de Contagem. No entanto, decidiram recusar a oferta e apresentar uma contraproposta. "Na terça, eles propuseram conseguir uma área suficiente para construir 400 unidades habitacionais, em prazo de 36 meses. Essa proposta estaria condicionada a uma saída pacífica do terreno até 30 de janeiro de 2015. Mas cada família teria que se bancar e arrumar um lugar para morar neste período por conta própria", contou Lacerda Santos, um dos integrantes da ocupação. Para formular a contraproposta, os moradores levaram em consideração que atualmente 700 famílias estão cadastradas como habitantes no espaço. "Mas constatamos que 500 estão realmente morando na William Rosa, por isso queremos esse número como garantia", disse. Além disso, as famílias reivindicam algum benefício provisório para se manterem até a construção das casas, como, por exemplo, auxilio moradia. A contraproposta será apresentada às 14 horas para representantes do Ceasa, do Ministério da Cidade, órgão do Governo Federal, e para a Prefeitura de Contagem. As partes envolvidas informaram que só irão se manifestar após a apresentação formal da contraproposta. A ocupação A ocupação William Rosa foi montada em uma área de 210 mil m², no dia 11 de outubro do ano passado. Ao todo, 3.900 famílias invadiram o terreno e montaram as suas barracas. O lote ocupado é de propriedade das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa).