Moradores de áreas de risco fazem treinamento para atuar em enchentes

O período chuvoso já começou e com ele, costumam vir os acidentes provocados pelo excesso das precipitações. Para alertar moradores de áreas de risco de Belo Horizonte a como agir em caso de enchentes, deslizamentos ou outros problemas causados pelas chuvas, um curso foi ministrado na manhã deste sábado (15), na Academia do Corpo de Bombeiros.

Os participantes assistiram a oficinas de como lidar com veículos em áreas de inundação, já que na última temporada chuvosa, duas pessoas morreram na capital em carros que estavam em ruas alagadas. Os alunos também aprenderam a fazer nós em cordas e como lançá-las de forma correta para resgate, regras de salvamento em desabamentos, além de dicas de primeiros socorros.

“Há três anos fazemos esse treinamento e o que observamos é que tem ocorrido uma redução de acidentes e afogamentos”, afirmou o comandante da Academia de Bombeiros Militar, Tenente Coronel Ricardo Eugênio.

O curso é ministrado por cadetes da corporação e é realizado pelo Corpo de Bombeiros e Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec).  Os participantes são integrantes e voluntários dos Núcleos de Defesa Civil (Nudec) e dos Núcleos de Alerta de Chuva (Nac).

Segundo o gerente operacional da Comdec, coronel Waldir Figueiredo, a importância dessas pessoas participarem está na ideia de que elas são multiplicadoras de conhecimento nas comunidades onde vivem.

“A auto-proteção se alinha com a estratégia internacional de redução de desastres. É importante que as pessoas tenham conhecimento para adotar providências para se protegerem e prestarem socorro público”, destacou.

Aprendizado

A voluntária Elaine Mendes, de 32 anos, mora na região do Barreiro e participou pelo segundo ano consecutivo. Ela conta que o conhecimento já foi útil em algumas situações. “No início do ano tivemos uma inundação e eu pude ajudar a orientar às pessoas a não irem para as áreas de alagamento”, contou.

Já a representante da região do Betânia, Rosana Apocalipse, 39, acredita que o treinamento oferece uma preparação sólida para saber como agir da forma correta. “São procedimentos práticos, mas que podem salvar vidas”, resumiu.

O morador da Vila Fátima, próximo ao bairro Serra, na região Centro-Sul, Paulo Rodrigues, 61, concorda. “Se temos conhecimento estamos mais aptos para prestar socorro”, disse.

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Fotos: André Brant/ Hoje em Dia