Moradores do Dona Clara se mobilizaram pelo Facebook para denunciar os ataques e cobrar providência

Gabi Santos - Hoje em Dia
26/10/2013 às 08:12.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:39
 (Reprodução/Facebook)

(Reprodução/Facebook)

O maníaco que atacou adolescentes no Dona Clara, na Pampulha, pode ter feito mais uma vítima na sexta-feira (26), desta vez no Jaraguá. Uma estudante de 13 anos foi abordada quando ia a pé para a escola, em uma ação semelhante à relatada por garotas no bairro vizinho. Responsável pela investigação, Iara França Camargos, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), acredita que essa tenha sido a 11ª vítima do homem, em um mês. O policiamento foi reforçado na região.
É investigado, ainda, se o tarado circulou pelo bairro Liberdade e se mudou de tática para atacar as estudantes. Todas as vítimas relataram que ele usava uma motocicleta Dafra preta, mas há informações de que ele faria rondas também em um Clio preto. A repercussão do caso pode fazer com que outras garotas procurem a polícia. O número para denúncias é (31) 3201 0078.

Sem retrato
 
O maníaco tem cerca de 25 anos e é alto, magro, branco e com olhos esverdeados. Os dados, porém, são insuficientes para que seja feito um retrato-falado. Uma pista investigada é a de que a placa da moto do homem teria as letras HH e os números 3 e 5.

A delegada Iara França informou que o inquérito tem o depoimento de três vítimas. Uma menor ouvida ontem contou que ia para a escola, no Jaraguá, pouco antes das 7h, quando percebeu a aproximação de uma motocicleta preta.


Ela imaginou que o motociclista fosse algum aluno ou amigo, mas se assustou quando o estranho estacionou e caminhou na direção dela. Ao se aproximar da garota, o homem a abraçou, dominando-a, e passou a mão nas partes íntimas da menina. “Acho que ele ficou assustado, com medo de que aparecesse alguém. Por isso, me soltou e foi embora na motocicleta, em alta velocidade”, contou a estudante.
Segundo a delegada, o “tarado” age sempre da mesma forma.

Assunto do dia
 

A adolescente correu para a escola e, lá, soube que os ataques de um maníaco eram tema da maioria das conversas. O pai da vítima está revoltado. “Quero que ele seja preso e processado, mas sei que pode ficar pouco tempo na cadeia”. “Ela age com muito cinismo. Depois que solta as garotas, dá uma risada irônica, como se considerasse os ataques uma brincadeira”, diz a delegada.
 
Conversa no Facebook acaba em estupro
 
Élio Sérgio José da Silva, de 21 anos, foi preso sob suspeita de ter estuprado uma adolescente de 13 em Betim, na Grande BH. Segundo o delegado Tito Lívio Barrichello, os jovens se conheceram no Facebook e conversaram pela internet por três meses. Na quinta-feira, Élio teria convidado a garota para ir à casa dele, no bairro Jardim das Alterosas. Lá, a menina foi violentada e obrigada a passar a noite. Na manhã seguinte, ela foi solta e, mesmo ameaçada de morte, contou o que aconteceu aos pais. A polícia prendeu Élio em casa, mas ele alega que a relação sexual foi “consensual”. Exames no Instituto Médico-Legal constataram que a vítima era virgem.

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