Moradores reclamam de entulho acumulado em praça da região Centro-Sul de BH: 'lixão a céu aberto'

Quem passa pela Praça João Pessoa, no bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte, reclama dos entulhos depositados no local. Moradores denunciam que, há anos, o espaço se tornou uma espécie de lixão a céu aberto. Segundo eles, alguns catadores depositam os materiais na praça e aguardam pela passagem de uma empresa que faz a retirada.

O local chegou a ser ponto de encontro de famílias do bairro, que agora criticam o mau cheiro, o risco de doenças e até a sensação de insegurança. 

"Era uma praça que o pessoal usava muito para descansar. Além do pessoal que faz o recolhimento do lixo, outras pessoas vem aqui usar droga. Já tivemos que limpar fezes e urina nas portas (das lojas próximas) antes de abrir. Nossos clientes preferem optar por uma entrega do que vir aqui”, relatou o gerente de uma loja, que pediu para não ser identificado.

De acordo com ele, reuniões com comerciantes e moradores foram realizadas, mas sem sucesso. A prefeitura deveria fazer algo”, cobra o homem.

Já os catadores reforçam que estão apenas trabalhando. Eles pedem um pouco mais de "empatia" diante de um serviço importante para toda a cidade, como destaca um dos representantes dos coletores, conhecido como John. 

“Não fazemos isso porque queremos, é pelo nosso futuro. A gente recolhe resíduos que estão em bueiros para não dar enchente. Somos julgados, mas ninguém olha o que a gente faz. A praça está cheia porque tem muito lixo na rua. A prefeitura não faz muita coisa então a gente busca outras parcerias”, contou. John conta que uma empresa privada recolhe o lixo da praça aos sábados.

Procurada, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que realiza estudos para realocação dos catadores e trabalhadores de materiais recicláveis que atuam no local. 

Já a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) disse que a Praça João Pessoa é varrida às segundas, quartas e sextas-feiras, além de ser lavada uma vez por semana. A praça também passa por capina quatro vezes por ano. O lixo domiciliar na região é coletado diariamente.

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