Morte de jornalista mineiro ainda sem solução

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
16/06/2015 às 06:28.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:29
 (Reprodução/Facebook)

(Reprodução/Facebook)

A dois dias de completar um mês da data de descoberta do corpo do jornalista Evany José Metzker, de 67 anos, decapitado em Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha, ainda não há presos ou motivação para o crime. O Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Belo Horizonte investiga a execução, mas não divulga dados sobre o caso alegando que corre em segredo de Justiça.

“Em se tratando de um caso considerado prioritário pelo governo, já poderíamos ter recebido alguma informação oficial”, reclama o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), Kerison Lopes. Como não conseguiu agendar uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa em Medina, cidade onde Metzker morava, o sindicalista tenta marcar agora uma visita técnica.

“Estamos acompanhando as investigações, aguardando por novidades e gostaríamos de ouvir a população daquela região”, afirma. A mulher do jornalista, a professora Ilma Chaves Silva, de 51 anos, também cobra resultados. “Sei que não é rápido, que uma equipe de Belo Horizonte ajuda nas investigações, mas um mês já se passou. Oro a Deus todos os dias para ajudar a polícia a encontrar quem fez isso com ele, e colocar atrás das grades, seja quem for”, diz.

O jornalista desapareceu na noite de 13 de maio e o corpo foi encontrado no dia 18 do mesmo mês. A data provável da morte é 14 de maio.

A assessoria da Polícia Civil em Belo Horizonte informou que as investigações prosseguem, mas não poderá revelar se o prazo para a conclusão do inquérito, que vence com 30 dias, será prorrogado ou não e nem mesmo se há suspeitos ou presos.

O crime

O corpo do jornalista foi encontrado em uma região de difícil acesso e com grandes erosões, na comunidade rural Pioneiras. As mãos estavam amarradas, ele estava sem calças e com uma camiseta do blog de autoria dele, “Coruja do Vale”.

Ao lado estavam vários documentos de Metzker, como a identidade, cartões de crédito, folhas de cheque e uma carteira funcional do jornal impresso Atuação, que se tornou o virtual Coruja do Vale.
 

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