No Dia D contra a doença, ações de prevenção e orientação quanto à limpeza de residências para evitar criadouros do inseto foram realizadas em toda Minas
Aedes aegypti orientou a moradora sobre a necessidade de não deixar o ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti (Fernando Michel / Hoje em Dia)
A "guerra" contra o mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya foi reforçada neste sábado (9) em Belo Horizonte e no interior de Minas. Mutirões de limpeza, vistorias em casas, ações educativas e distribuição de panfletos estão fazendo parte das ações para conscientizar a população sobre os riscos da doença e, também, da necessidade de cada um assumir o papel de "guerreiro" para evitar contaminações.
Na capital, as ações do Dia D contra a dengue contaram com a participação do "próprio" Aedes. Dois mosquitões visitaram casas na região Leste e alertaram moradores, enquanto agentes da Secretaria Municipal de Saúde verificavam possíveis criadouros.
Acompanhando as ações, o subsecretário de Vigilância em Saúde de Minas, Eduardo Prosdocimi, lembrou que o Estado vivenciou, este ano, a maior epidemia de arboviroses da história, com 1,3 milhão de casos e mais de mil mortes - três vezes mais do que a maior registrada até então, em 2016.
"Por isso Minas tem antecipando, cada vez mais, ações. Desde agosto, já fizemos mais de R$ 200 milhões em repasses aos municípios", comentou o subsecretário, que destacou o uso de drones - ao custo de R$ 30 milhões - para reforçar a busca por locais onde o Aedes aegypti possa se proliferar.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), os 853 municípios foram mobilizados para a realização de ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. Cada prefeitura é responsável por planejar e executar as ações. O número de cidades que vai aderir ao Dia D não foi informado.
Em Belo Horizonte, onde foram confirmados 205 mil casos de dengue e 124 óbitos, medidas de prevenção estão previstas para ocorrer nas nove regionais. A população receberá dicas para eliminar os possíveis focos do mosquito. Veja algumas:
O Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LirAa), realizado pelas prefeituras, aponta que mais de 80% dos focos estão nas residências e em áreas externas, onde há descarte de entulho, lixo e recipientes que acumulam água parada. As autoridades reforçam o apelo para que a população ajude no combate ao mosquito.
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