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A Polícia Civil apresentou detalhes sobre o assassinato da jovem Jéssica Araújo da Silva, de 26 anos. O mototaxista de 33 anos que buscou a moça na porta de uma boate em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na noite do dia 28 de janeiro, é acusado de tê-la matado e deixado o corpo em Santa Luzia, também na Grande BH. O homem fugiu para Guarapari, no Espírito Santo, mas foi localizado e preso.
À polícia, o suspeito confessou ter executado a vítima com golpes de faca no pescoço. Ele alega que, após o consumo de cocaína, teria ouvido uma voz pedindo a ele uma "alma", o que o teria motivado a matar Jéssica. No entanto, a Polícia Civil não acredita na versão apresentada pelo investigado. As apurações continuam para esclarecer a motivação do crime, assim como para saber se ele agiu sozinho.
No decorrer das investigações, a polícia identificou o suspeito, que prestava serviços de mototáxi, como principal suspeito. Investigado e vítima já se conheciam, já que Jéssica havia contratado os serviços de mototáxi do suspeito em outras ocasiões. Nas proximidades em que o corpo da vítima foi encontrado, foram localizados a motocicleta e o capacete que o suspeito utilizava.
A namorada do suspeito relatou que recebeu o suspeito em casa, na manhã do dia 29 de janeiro, com as roupas sujas de lama e manchas semelhantes a sangue. Ele alegou ter tido a moto roubada, mas se negou a registrar ocorrência. Sem contar detalhes sobre o suposto roubo, o mototaxista não foi mais visto pela namorada ou por familiares.
Na roupa do suspeito, entregues pela namorada, a perícia da Polícia Civil detectou a presença de sangue humano. Foram colhidos materiais genéticos dos pais da vítima a fim de confrontar o DNA com o sangue extraído. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o laudo da necrópsia com a causa da morte ainda não foi finalizado. Não há, inclusive, informação se a vítima sofreu violência sexual antes de ser morta.
O corpo de Jéssica, que morava em Vespasiano, foi encontrado por um produtor rural em uma mata do bairro Frimisa, três dias após o desaparecimento. O corpo estava em estado avançado de decomposição e a família da jovem não conseguiu fazer um reconhecimento facial. A identificação aconteceu por meio de estudo das digitais.