(Lucas Prates/ Hoje em Dia)
O número de passageiros transportados pelos trens do metrô em Belo Horizonte caiu brutalmente com a retomada do funcionamento do serviço no fim de semana, após a decretação da greve dos servidores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
De acordo com a empresa, na quinta-feira (25) as bilheterias do metrô ficaram fechadas durante todo o dia, em função da deflagração da greve dos metroviários. Neste dia, houve uma Audiência de Conciliação no TRT-MG, entre a empresa e os metroviários, em que houve determinação de volta parcial ao trabalho.
Na sexta (26), o transporte público não operou, mas os metroviários aprovaram, em assembleia, o retorno às atividades, cumprindo determinação judicial por meio de decisão liminar, que ordenou a circulação de 60% dos trens ”observada a totalidade da escala prevista”, durante a greve.
Queda nas viagens
Somente no sábado(27), o serviço foi restabelecido, das 5h40 às 23h. De acordo com informações da CBTU, no sábado, 23.057 passageiros usaram o serviço. A queda no número de usuários foi de 53,8%, em relação aos 50 mil usuários que usam o serviço regularmente nesses dias.
Já no domingo, a queda foi de 38,08%: das tradicionais 30 mil pessoas que usam o metrô aos domingos, foram registrados apenas 18.574 passageiros nas viagens dos trens.
A CBTU não divulgou o balanço de pessoas transportadas nesta segunda, mas a média em dias normais, durante a semana, é de mais de 100 mil passageiros.
Aumento dos intervalos
Os passageiros são obrigados a esperar mais tempo para embarcar, já que o intervalo entre as viagens aumentou, para o cumprimento da liminar, segundo a empresa informou nesta segunda-feira (29).
Deste modo, durante o movimento paredista, as bilheterias do metrô funcionam das 5h40 às 23h e as estações estão abertas das 5h15 às 23h para quem já possui cartão ou bilhete do metrô.
Greve do metrô de BH
O Sindimetro anunciou a greve após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que aprovou, por unanimidade, a privatização da CBTU em Minas.
A paralisação já havia sido aprovada em assembleia da categoria realizada na última segunda-feira (22). Os trabalhadores temem as consequências da desestatização e alegam que, após a privatização, haverá uma demissão de quase 1,6 mil funcionários da CBTU que atuam no Estado.
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