Vai recorrer

MP insiste que delegada vá a júri popular por atirar em colegas após ficar 'trancada' em casa

Justiça mineira definiu na quarta-feira (9) que servidora não teve intenção de matar ao disparar contra oficiais

Bernardo Haddad
@_bezao
11/07/2025 às 15:18.
Atualizado em 11/07/2025 às 15:45
 (Reprodução / Redes Sociais)

(Reprodução / Redes Sociais)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou nesta sexta-feira (11) que irá recorrer da decisão da Justiça, que afirma que a delegada da Polícia Civil que se trancou em casa, fez uma live para mostrar a negociação e depois atirou contra os colegas não teve intenção de matar. O caso ocorreu em novembro de 2023. 

Na última quarta-feira (9), a Justiça mineira havia definido que a servidora não irá a júri popular por tentativa de homicídio. A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza avaliou que a delegada estava em estado emocional "alterado" e que acabou agindo por impulso ao efetuar os disparos. Medidas restritivas, como uso de tornozeleira eletrônica, foram revogadas.

Conforme a magistrada, a delegada poderá ser responsabilizada por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Neste caso, o julgamento ficará a cargo da Justiça comum. Procurado, o MP informou que irá avaliar a decisão e as medidas a serem adotadas.

Relembre o caso

O caso ocorreu em novembro de 2023, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha. A confusão envolvendo a delegada começou após ela iniciar uma live no Instagram mostrando o interior do apartamento enquanto negociava com policiais. Nas imagens, a mulher portava uma arma. A policial estava de licença para cuidar da saúde mental e deveria retomar as atividades naquele dia, o que não aconteceu. 

Ela dizia que não queria voltar a trabalhar após denunciar supostos casos de assédio na Polícia Civil. Colegas foram ao apartamento acreditando que ela poderia colocar a própria vida em risco. Os agentes teriam sido recebidos a tiros, o que gerou toda a situação que se prolongou por 33 horas.

A energia e a água do imóvel chegaram a ser cortadas. A delegada deixou o apartamento sedada no fim da tarde. Ela foi levada de ambulância para uma unidade de saúde em BH. Um dia depois, a Justiça de Minas Gerais expediu mandado de prisão.

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