MP investiga fraudes em concursos no interior de Minas

Wesley Gonçalves - Hoje em Dia
10/06/2013 às 07:34.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:58

MONTES CLAROS – O Ministério Público de Minas Gerais investiga fraudes em concursos públicos feitos por prefeituras do Norte de Minas. Há[/LEAD] indícios de irregularidades cometidas por empresas contratadas para elaborar as provas, em gestões passadas, nos municípios de São João da Ponte, Matias Cardoso e Augusto de Lima.
 
Essas empresas favoreciam pessoas indicadas pelo Executivo com respostas corretas das provas aplicadas. Os atuais prefeitos destas cidades assinaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP, se comprometendo a investigar as denúncias de fraudes e, caso comprovadas, realizar novo concurso.
 
Em São João da Ponte, o prefeito Sidnei Pereira da Silva assinou, em maio, o TAC cancelando o concurso feito em 2010 para preencher 357 cargos com salários de até R$ 1.500. O promotor Célio Dimas Rias informa que o prefeito se comprometeu a realizar novo concurso até dezembro deste ano.
 
Segundo o MP, a Seletiva Concursos, Auditoria e Treinamentos, de Belo Horizonte, foi contratada sem licitação pelo ex-prefeito Fábio Luiz Fernandes Cordeiro (PTB) para realizar o concurso e supostamente favorecer pessoas ligadas ao seu grupo político. As provas foram aplicadas para 2.650 candidatos que disputavam 357 vagas com salários entre R$ 550 e R$ 1.500.
 
De acordo com o promotor, no TAC é pedida a revisão, até 20 de julho, de todos os servidores contratados sem concurso, além da realização de novo processo seletivo até dezembro.
 
Foi pedida a demissão imediata, por prática de nepotismo, de todos os ocupantes de cargos de comissão com parentesco até terceiro grau com o prefeito eleito Geraldo Paula da Costa (PPS). Conhecido como Gê Paula, ele faleceu nove dias após a posse no cargo.
 

Multa
 
O texto exige, ainda, a demissão imediata de servidores que tenham parentesco com o atual prefeito ou membros da Câmara. A multa por descumprimento é de R$ 5.000 por servidor não concursado que ainda continuar no cargo.
 
Procurada, a diretoria da Seletiva Concursos não foi encontrada e nem respondeu aos e-mails enviados. O ex-prefeito Fábio Luiz Fernandes Cordeiro também não foi localizado para comentar as denúncias ocorridas em sua gestão.

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