Estelionato

Mulher é indiciada pela polícia após fingir ter câncer e arrecadar R$ 60 mil em vaquinha virtual

Técnica de enfermagem, de 40 anos, também foi indiciada por ter ajudado a cometer o crime

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
08/11/2024 às 18:27.
Atualizado em 08/11/2024 às 18:43
 (PCMG / Divulgação)

(PCMG / Divulgação)

Uma mulher de 36 anos que fingia ter câncer de pâncreas para arrecadar dinheiro foi indiciada por suspeita de estelionato e uso de documento falso em Cordisburgo, na região Central de Minas. Uma técnica de enfermagem, de 40 anos, que seria uma comparsa, também foi indiciada.

De acordo com a Polícia Civil, as investigadas teriam arrecadado cerca de R$ 60 mil sob a falsa alegação de que o valor seria utilizado para custear o tratamento da doença.

Segundo as apurações da PC, em 25 de outubro deste ano, um casal compareceu a uma delegacia para relatar que havia sido vítima de estelionato.

Eles informaram aos policiais que a suspeita, de 36 anos, que também é técnica de enfermagem, entrou em contato pedindo dinheiro para custear o tratamento.

A vítima enviou de imediato R$ 1 mil e seu companheiro também contribuiu, inicialmente, com o mesmo valor, além de outras quantias posteriormente solicitadas pela suspeita.

As vítimas relataram que ela manteve contato constante, informando sobre o estado de saúde, apresentando laudos médicos para comprovar a doença e solicitando mais dinheiro. Uma vaquinha virtual também foi criada com o objetivo de ajudar a farsante.

O casal começou a desconfiar da situação e dos documentos, quando percebeu que o profissional que assinava um dos laudos especialização em otorrinolaringologia.

Em depoimento, a investigada afirmou acreditar ter uma doença espiritual, sem qualquer diagnóstico médico, e que havia comunicado a situação à colega de profissão, que, por sua vez, teria decidido falsificar os laudos médicos, utilizando modelos encontrados na internet.

A suspeita relatou, ainda, que a técnica de enfermagem aplicava-lhe medicamentos controlados sem prescrição médica e que dividia com ela o dinheiro obtido na campanha de arrecadação.

Diversas vítimas foram identificadas. Caso outras pessoas tenham sido lesadas pelas investigadas, a Polícia Civil orienta que  elas compareçam à delegacia para registrar o ocorrido e receber informações sobre como proceder.

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