(Polícia Federal/Divulgação)
A Polícia Federal cumpriu na tarde desta terça-feira (30) dois mandados de busca e apreensão na casa de uma enfermeira e do filho dela e em uma clínica de Belo Horizonte. Os dois são suspeitos de comercializar e aplicar vacinas contra a Covid-19 de origem ilícita, em uma garagem de ônibus de um dos maiores conglomerados de transporte de Minas Gerais.
Entre o material apreendido com os suspeitos estão cartões de vacinação com indicação da aplicação das doses do imunizante com o nome da Pfizer, seringas e caixas térmicas com as vacinas. Polícia Federal/Divulgação
Mãe, filho e um motorista, que teria levado a mulher até a garagem no dia da suposta imunização, foram levados para a sede da Polícia Federal onde prestaram depoimento.
A polícia informou que trabalha com as hipóteses de que as vacinas tenham sido importadas ilegalmente, desviadas do Ministério da Saúde ou, ainda, falsificadas.
https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/empres%C3%A1rios-suspeitos-de-vacina%C3%A7%C3%A3o-clandestina-prestam-depoimento-em-bh-1.830853, os empresários admitiram a aquisição dos medicamentos de procedência ilícita e que o valor cobrado por mãe e filho por duas aplicações foi de R$ 600.
Ainda de acordo com a PF, a mulher, uma cuidadora de idosos que se passava por enfermeira, tem passagem por furto e também teria comercializado essas vacinas ilegais para outras pessoas, além dos investigados na operação Camarote.
A ação foi deflagrada após reportagem da revista Piauí, publicada em 24 de março, ter revelado por meio de vídeos a vacinação clandestina de empresários e políticos dentro de uma das garagens de uma das empresas de transporte.
Em nota, a Pfizer negou “qualquer venda ou distribuição de sua vacina contra a Covid-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização”. Ainda segundo a empresa, o imunizante Comirnaty ainda não está disponível no Brasil.