(Lucas Prates)
Eliminar qualquer recipiente que acumule água, como garrafas, vasos de planta, potes e pneus velhos, além de recolher materiais que possam servir de criadouros para outros insetos e animais. Esse foi objetivo do mutirão de combate ao Aedes Aegypti realizado nesta segunda-feira (30), no bairro Capitão Eduardo, região Nordeste de BH. Esta é a segunda vez no ano que a ação é realizada no local.
Em 2018, até o momento, foram confirmados 104 casos de dengue em Belo Horizonte. Outros 1.085 notificados ainda não tiveram resultados e 2.034 foram descartados. A região Nordeste teve 158 registros e perde só para a Centro-Sul, com 221.
De acordo com a Agente Sanitário Valquíria Gontijo, que há cinco anos trabalha com zoonoses na área, cerca de 960 imóveis foram beneficiados com a ação. Até o final da manhã, pelo menos dois caminhões grandes foram recolhidos. “Um outro problema do bairro é a presença de escorpiões e um tipo de caramujo. Por isso, além dos pontos nas ruas, procuramos os proprietários de duas residências que sabemos que têm acúmulo de materiais inservíveis, mas eles não atenderam”, explica Valquíria.
Durante a semana passada, os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) orientaram os moradores sobre os materiais que deveriam ser descartados e indicaram pontos para recolhimento pela equipe de Limpeza Urbana. Lotes vagos também foram alvos.
O mutirão de limpeza acontece paralelamente às visitas domiciliares, em que focos de dengue são procurados e os moradores são orientados sobre objetos e materiais que acumulam água. Essas visitas acontecem cinco vezes por ano, e a cada período de visita os ACEs têm 45 dias úteis para percorrer toda a área do bairro.
Retomados em outubro do ano passado na região Nordeste, os mutirões também já beneficiaram as áreas de abrangência dos centros de saúde Padre Fernando de Mello, Alcides Lins, Cachoeirinha, Goiânia, São Marcos, Maria Goretti, Leopoldo Chrisóstomo de Castro, Efigênia Murta de Figueiredo, Nazaré e Capitão Eduardo.