Na era “los hermanos”, Usiminas surpreende e ações sobem 13%

Bruno Porto- Hoje em Dia
27/07/2013 às 08:39.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:26

Desde que sentou na cadeira de presidente da Usiminas, em janeiro de 2012, Julián Eguren não sabe o que é fechar um trimestre no azul. No último balanço financeiro divulgado na sexta-feira (26), referente ao segundo trimestre deste ano, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 22 milhões.

Mas esse é o melhor resultado da empresa na era “los hermanos”, com uma redução de 82% no prejuízo e com a melhor geração de caixa (EBITDA) desde 2010, somando R$ 441 milhões, alta de 41% sobre o trimestre anterior. No ano, o prejuízo totaliza R$ 145 milhões.

A divulgação dos resultados surpreendeu positivamente o mercado e fez com que os papéis da companhia liderarem o pregão de sexta-feira na Bovespa, com alta acima de 13%. A melhora no desempenho ocorreu por maior dinamismo no mercado interno. As chapas grossas, um dos principais produtos da Usiminas, registrou aumento de vendas no trimestre de 37%.

“Temos alguns resultados da performance operacional mais eficiente. A receita líquida ficou estável, mas o Ebitda aumentou no consolidado, acompanhando o Ebitda do negócio siderurgia”, disse Julián Eguren.

Endividamento
 
O analista da Amaril Franklin, Eduardo Machado, avalia que a reestruturação do endividamento da empresa trará bons resultados no médio prazo. “A Usiminas tem feito o que tem de fazer. Da porta da empresa para fora estão variáveis que ela não controla e que hoje são desfavoráveis, como os altos estoques dos chineses”, afirmou. Para os próximos resultados, Machado confia na continuidade do processo de melhoria. Com razão: a Usiminas reduziu seu endividamento líquido em 9%, de R$ 3,6 bilhões para R$ 3,2 bilhões.

Clientes

A aceleração de projetos no setor de energia eólica e pela indústria naval foi o principal responsável pelo crescimento das vendas no Brasil, de 16%.

O diretor da Ativa Corretora, Ricardo Corrêa, ponderou, em relatório, que a mineração pesou de forma desfavorável. “Com queda na rentabilidade diante da redução do preço do minério de ferro e elevação de custos, em função, principalmente, dos arrendamento de direitos minerários”. As receitas com venda de minério caíram 18%, apesar do avanço de 1% no volume.
 

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