(Raquel Gontijo / Hoje em Dia)
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), rebateu críticas do vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), sobre o Carnaval, afirmando que a festa “não tem dono", e "não é exclusividade de ninguém”. A declaração, durante coletiva de abertura oficial da folia na sede da PBH, nesta segunda-feira (22), se deve a uma postagem de Simões na semana passada.
“Ninguém é dono do Carnaval. Carnaval não é da prefeitura. Quem faz o Carnaval é o povo, são os blocos de rua, as pessoas que vem pra cidade. A PBH cria, no máximo, as condições para criar um Carnaval seguro, limpo e organizado. Condições mínimas para as pessoas participarem. É uma festa de BH. Pra nós cabe apenas zelar pela festa, organizar e fazer com que a cidade funcione", afirmou o prefeito.
Do total de R$ 35 milhões investidos na folia, cerca de R$ 4 milhões foram repassados pelo Governo de Minas. Na última semana, o vice-governador Mateus Simões publicou uma foto nas redes sociais ao lado do governador Romeu Zema (Novo) e integrantes de uma escola de samba com a legenda “Com gente que sabe o que faz e investimento recorde, vamos fazer o maior Carnaval da história do Estado”.
No mesmo dia, o prefeito rebateu: “Como é bom ver todo mundo querendo participar do Carnaval de BH. Quem antes nunca ajudou, agora quer aproveitar. Isso é bom. A nossa festa é sucesso há mais de uma década e se tornou grande e disputada por ser popular, democrática e inclusiva. A festa é do povo”.
Na cerimônia desta segunda, Fuad também negou uma suposta “má relação” com o Estado e com Zema. “A relação com o Governo é normal. O Carnaval não é meu, não é dele, não é de nenhum dos patrocinadores. A prefeitura precisa de apoio para somar esforços e organizar a infraestrutura necessária para a festa”, disse.
Neste ano, a expectativa do prefeito é que o evento seja ainda maior que 2023. São esperados cerca de 5,5 milhões de pessoas. A expectativa da Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL-BH), é que o evento movimente R$ 1 bilhão. A programação inclui 538 cortejos durante o período oficial, de 27 de janeiro à 18 de fevereiro.
“O folião quer ter banheiro, quer ter segurança, uma bebida do lado pra comprar, uma ambulância. Estou muito feliz com a preparação. Tudo que podia ser feito, nós entendemos que está feito. Agora é partir para o abraço, o Carnaval promete”, acrescentou Fuad.
O Hoje em Dia procurou o governo do Estado sobre as declarações de Fuad e aguarda retorno.