Rede SUS

Novo equipamento digital vai ampliar seis vezes o número de mamografias no Hospital da Baleia

Mamógrafo foi entregue nesta terça-feira ao complexo hospital da região Leste de BH

Bernardo Haddad
@_bezao
18/03/2025 às 14:00.
Atualizado em 18/03/2025 às 15:04
 (Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

O número de mamografias realizadas no Hospital da Baleia vai aumentar mais de 500% - ou seis vezes mais - até outubro deste ano. A ampliação será possível com a chegada de um novo mamógrafo digital, avaliado em R$ 1,2 milhão, entregue nesta terça-feira (18) à unidade de saúde da região Leste de Belo Horizonte. 

Atualmente, cerca de 150 exames de rastreio por imagem para detectar câncer de mama são feitos por mês. A demanda é exclusivamente interna para pessoas em tratamento no complexo hospitalar. Com a entrada em operação do novo aparelho, esse número será ampliado progressivamente, absorvendo pacientes da rede SUS.

Além do mamógrafo, foram entregues equipamentos destinados à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital. O investimento total chega a quase R$ 4 milhões, por meio de repasses do governo estadual e emendas parlamentares. 

Com investimento de R$ 2,7 milhões, foram destinados à UTI do hospital um aparelho de ultrassonografia, dois arcos cirúrgicos, dois sistemas de videolaparoscopia e oito perfuradores ósseos. 

Presente na cerimônia de inauguração dos novos aparelhos, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, lembrou que o Hospital da Baleia atende pacientes de 90% dos municípios mineiros. 

Segundo ele, a demora na realização de diagnósticos é o principal desafio no combate ao câncer de mama em Minas. O médico afirma que dois terços das mulheres com tumores descobrem a enfermidade forma “tardia”, exigindo tratamentos mais agressivos, como quimioterapia e cirurgias invasivas. 

“O aceitável e ideal é que 2/3 dos diagnósticos sejam feitos de forma precoce. O câncer diagnosticado cedo é uma cirurgia menos agressiva e curativa, não necessitando muitas vezes de quimioterapia. Por isso, temos que incentivar a todas as mulheres a realizarem os exames periodicamente”, destacou. 

O chefe da pasta comentou também sobre os equipamentos direcionados à UTI do hospital da Baleia. Ele destaca que os novos aparelhos serão importantes para "reduzir a fila" das cirurgias em Minas. 

"Fizemos mais de 1 milhão de cirurgias eletivas em Minas, mas precisamos de mais gente para fazer cirurgias, porque não estamos satisfeitos com nenhuma fila. (...) O Baleia agora, com esses equipamentos, vai conseguir fazer mais cirurgias ortopédicas e diminuir essa fila”, destaca. 

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