Novo protesto pela redução do preço da passagem de ônibus tumultua trânsito no Centro de BH

Tabata Martins - Hoje em Dia (*)
20/02/2014 às 19:23.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:10
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

A realização de novo protesto pela redução da passagem de ônibus tumultuou o trânsito no Centro de Belo Horizonte na noite desta quinta-feira (20). O "3º Ato "Abaixou o custo, abaixa a tarifa!" começou por volta das 18h15, na Praça 7, e terminou às 19h, na Praça Afonso Arinos. No entanto, desta vez, contou apenas com a participação de em torno de 30 pessoas.   Segurando uma catraca de coletivo, o grupo caminhou até a rua Rio de Janeiro, onde queimou o símbolo do movimento com a ajuda de papéis e isqueiros. A queima, feita em frente ao Shopping Cidade, causou a interdição da via e lentidão nessa região da capital mineira. Na sequência, os manifestantes fizeram passeata até a avenida Augusto de Lima, onde também fecharam algumas pistas até chegarem à Praça Afonso Arinos. O protesto ocorreu de forma pacífica e só foi acompanhado por seis militares do Batalhão de Polícia de Choque, que ficaram distantes do grupo.   A manifestação, marcada por evento no Facebook, foi organizada pela Assembleia Popular Horizontal (APH), por meio do movimento Tarifa Zero. Os participantes exigem a redução de R$ 0,05 no valor da passagem de ônibus em BH, em função da suspensão da cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO) das empresas de transporte público autorizada por meio de decreto assinado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB).   Na página criada na rede social, os organizadores afirmam que o cancelamento da taxa representa R$ 22 milhões a mais de lucro para as empresas de ônibus e ele exigem que esse valor seja repassado à tarifa cobrada do usuário do transporte público. Conforme cálculos do movimento, isso representaria menos R$ 0,05 no preço da passagem. No entanto, a prefeitura informou, em nota, que a "perda de receita, estimada em cerca de R$ 20 milhões por ano, será compensada com o aumento de receita esperado com a elevação de alíquota do Imposto Sobre Transferência de Bens Imóveis (ITBI), aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pela prefeitura em dezembro passado, e que entrará em vigor a partir do próximo mês de maio". Além disso, o órgão garantiu que nenhuma alteração no valor da passagem será feita, já que a mesma foi congelada, no último mês de dezembro, até o resultado final da auditoria realizada para a revisão do contrato de concessão do sistema de transporte. Ainda conforme a PBH, a redução no custo de operação das empresas de ônibus já está sendo considerado pela auditoria.       (*Com Renato Fonseca)

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