(Reprodução / Redes Sociais @ChoraoLandim)
Wallace Landim, um dos articuladores do movimento de paralisação dos caminhoneiros em 2018, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e líder dos caminhoneiros autônomos, reagiu à notícia do aumento do preço da gasolina e do diesel promovido pela Petrobras, declarando que é provável que haja uma nova paralisação da categoria no país.
Em nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (17), Landim declarou que a Abrava recebe com indignação a informação de nova alta dos combustíveis, 39 dias após o último aumento.
“A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável. Essa luta não é só dos caminhoneiros, mas de todo o povo brasileiro”.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Landim também demonstra indignação e convoca outras categorias, como motoboys, motoristas de aplicativo e de veículos escolares.
“Não podemos ficar calados, o setor de transporte precisa reagir. (...) Até quando vamos aguentar? Vamos dar um basta nessa Petrobras”.
O presidente da Abrava relembra ainda que a associação vem alertando sobre as consequências da política de preços da Petrobras e sobre “o caos econômico que ela está causando na sociedade”.
“Os caminhoneiros autônomos têm três grandes contas para pagar: a primeira é a nossa casa (aluguel, comida, luz, água e etc.); a segunda o diesel (sem ele o caminhão não anda); a terceira a manutenção do caminhão. Essa terceira conta não está sendo paga, colocando em risco sua própria vida e a de terceiros. O caminhoneiro está sendo esmagado pela inflação e pela alta do diesel”, declarou.
Com o reajuste da estatal, o percentual do preço do litro da gasolina aumentou 5,18%. Para o diesel, preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passa de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro, alta de 14,26% no combustível mais utilizado pelos caminhoneiros.
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