(Cristiano Machado)
Antes eles eram tidos como a bebida da vovó. Hoje, os chás são os queridinhos de pessoas de todas as idades, principalmente os do tipo que prometem ajudar na perda de peso. Nesse frio, então, os chazinhos caem no gosto de quem quer aquecer o corpo. Há quem diga que a ingestão nessa época do ano potencializa ainda mais o metabolismo, promovendo a queima mais rápida de gordura corporal.
Mas, atenção: sozinhos, os chás não fazem o efeito desejado no processo de emagrecimento. Para se beneficiar das propriedades deles, é preciso aliar a ingestão da bebida a uma dieta balanceada e à prática de atividade física.
“Não existe milagre. A pessoa pode até desinchar um pouco, pois os chás são diuréticos, mas não verá resultados maiores se continuar comendo errado e permanecer sedentária”, observa a nutricionista Brenda Ribas Matoso.
Os chás mais indicados para auxiliar na perda de peso são os chamados termogênicos, que aumentam a temperatura interna do corpo e aceleram o metabolismo. Na lista dos preferidos da geração saúde estão os chás verde, branco e vermelho, de hibisco e canela.
Por serem diuréticas, diz Brenda, essas bebidas também ajudam a eliminar o inchaço provocado pela retenção de líquidos, causada muitas vezes pela ingestão de alimentos ricos em sódio. “É aquela sensação de que se está bem pesado”, explica.
Propriedades antioxidantes também são destacadas pela nutricionista Juliana Burger Rodrigues. Segundo ela, essas substâncias previnem danos às células e auxiliam no combate ao envelhecimento.
Orientação
Porém, antes de se decidir por algum chá visando o emagrecimento, é preciso consultar um especialista. “Apesar do índice muito baixo de calorias, os benefícios à saúde, não apenas para a perda de peso, e serem naturais, eles não devem ser ingeridos indiscriminadamente”, alerta Brenda.
Cautela é fundamental no caso das bebidas compostas por cafeína, como é o caso do chá verde, um dos prediletos de quem quer emagrecer. Em excesso, a substância pode fazer mal. Queimação no estômago, azia e refluxo são alguns dos problemas causados.
“Além das pessoas que têm intolerância à cafeína, chás com esse princípio ativo também devem ser evitados por pacientes hepáticos e renais”, frisa Juliana Burger.
Já para crianças e idosos, a nutricionista Brenda Ribas recomenda outros tipos de chás. Nesses casos, a especialis ta indica a ingestão de camomila, com destaque para os princípios compostos bioativos da planta, funcho e melissa. O de hibisco está liberado para essas faixas etárias, uma vez que não possui cafeína em seu princípio ativo. “Mas se preferir um termogênico, é recomendável metade da dose diária prescrita para adultos sem problemas de saúde”, frisa Brenda.
Nova sensação da geração saúde, matcha tem 137 antioxidantes a mais que o chá verde
Da mesma família da Camellia sinensis e considerado mais potente que o chá verde, o matcha é a moda da vez quando o assunto é emagrecimento. Não é por menos. De acordo com especialistas, a substância tem 137 antioxidantes a mais que a versão tradicional.
A principal diferença entre eles é que o matcha é produzido a partir da folha inteira da planta. “É nessa parte que se concentra muito mais clorofila, promovendo o efeito detox. Além disso, o chá tem cafeína, o que acelera o metabolismo”, explica a nutricionista Juliana Burger Rodrigues.
Pesquisas em animais comprovaram que esse tipo de chá pode ajudar na prevenção de câncer, atua reduzindo os níveis de colesterol ruim e aumentam os níveis do colesterol bom.
Para quem não é fã do gosto amargo do chá verde tradicional, o matcha tem mais um atrativo: o sabor é suave. “E pode ser adicionado a misturas, como bolos”, ressalta Juliana.
O matcha pode ser feito diluindo uma colher do pó para cada 200 ml de água quente ou fria. Para as pessoas que têm o paladar mais sensível, a nutricionista recomenda adicionar ao suco de limão ou de abacaxi.