"O tiro foi no nariz e não atingiu órgão vital", diz tia de sequestrador baleado por atirador da PM
(Valéria Marques/Hoje em Dia)
“O tiro foi no nariz e não atingiu nenhum órgão vital”, afirmou Margareth Pereira, tia do homem que invadiu a casa da ex-companheira e fez reféns o filho e irmão dela, em Venda Nova, região Norte de BH, na noite dessa quarta-feira (21). O suspeito está internado em estado grave, no Pronto Socorro do Hospital João XXIII.
Leandro Mendes Pereira, de 39 anos, foi baleado por um atirador de elite da Polícia Militar, na manhã desta quinta-feira (10), depois de manter o enteado de 7 anos e um homem de 23 anos em cárcere privado, por cerca de 16 horas, no bairro Parque São Pedro.
Segundo Margaret, o sobrinho está algemado à cama, no setor de politraumatizados do Pronto Socorro e é escoltado por policiais militares.
Ela afirma que Leandro está entubado e, de acordo com os médicos, as próximas 72 horas são importantes para definir a evolução do caso. “Os médicos não descartaram a transferência do Leandro para a UTI”, explicou a mulher.
Margareth Pereira diz que acompanhou toda a negociação dos militares com o sobrinho e que se emocionou ao ver o menino de 7 anos libertado sem ferimentos. “Estamos aliviados pela vida do Arthur e tristes pela situação do Leandro”, conta.
“Sabemos que Leandro não é santo. Ele matou a namorada depois de desconfiar que estava sendo traído”, explica Margaret. O rapaz tem um perfil mais fechado e calado. “A gente já esperava que ele pudesse cometer uma loucura em caso de separação”, relata Margaret.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp), Leandro ficou preso entre junho de 2008 e junho de 2016. Ele estava em liberdade condicional.
Testemunhas e parentes disseram que o homem matou a ex-esposa dentro da própria casa no bairro Maria Goretti, na região Nordeste. Ele teria enforcado a mulher com um sutiã e, depois, colocado um rato na boca da vítima.
Família em estado de choque
A tia de Leandro conta que a família está em estado de choque e tenta se recuperar do susto depois de tudo o que aconteceu. “O pai está arrasado, abatido. A mãe está debilitada, faz quimioterapia para tratar de um câncer”, relata Margaret.
Há cerca de 10 meses, o casal perdeu um filho assassinado, no bairro Serra Verde, em Belo Horizonte. “A família não se recuperou dessa tragédia e, agora, acontece outra”, finaliza.
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