(Raquel Gontijo / Hoje em Dia)
O prefeito Fuad Noman (PSD) avaliou que os estragos deixados pelo temporal que atingiu Belo Horizonte na noite de terça-feira (23) poderiam ter sido piores, se não fossem as obras da prefeitura. Segundo o gestor municipal, as intervenções estão “respondendo adequadamente” e destacou que a cidade não registrou nenhum desastre de grande proporção e nenhum óbito, mas que em função das mudanças climáticas, as tempestades serão mais recorrentes e ocorrências de chuva fazem parte do “novo normal” da cidade.
“Nós sabemos que vão ter por conta das mudanças climáticas cada vez mais fenômenos mais intensos e recorrentes. A gente costumava dizer que era fora do normal, mas agora nós temos que dizer que essa chuva é o novo normal. (...) Não adianta a gente querer fugir dessa realidade”, ressaltou o prefeito durante coletiva na manhã desta quarta-feira (24).
Apesar das ocorrências de alagamentos, quedas de árvores e pessoas ilhadas, Fuad destacou que a cidade não teve nenhum problema sério de deslizamento de encostas ou casas destruídas. “Se nós fizermos uma comparação, se essa chuva tivesse acontecido em alguns anos anteriores o desastre teria sido muito pior”.
As regiões que registraram problemas mais sérios foram Pampulha, Venda Nova e Centro-Sul. Segundo Fuad, a Defesa Civil de BH instalou postos de comando nestes locais para atender a população.
Mais chuva
E a previsão é de mais chuva forte na capital mineira hoje, com volume estimado de 80 mm (índice de precipitação considerado muito forte). Na precipitação de ontem, a região Centro-Sul, que teve o maior número de ocorrências, marcou 71 mm. A regional que mais choveu foi a Oeste, com 91 mm, o equivalente a 27,7% de todo o esperado para o mês de janeiro.
Acumulado de chuvas (mm) nas últimas 12h:
Fonte: Defesa Civil de Belo Horizonte (Estações Hidrometeorológicas PBH)
Média Climatológica JANEIRO 330,9 mm
Índice pluviômetro
Pelos padrões da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a unidade de medida de precipitação é o milímetro (mm). A escolha se deve a razões práticas: 1 mm de espessura corresponde a 1 litro de água em um espaço de 1 metro quadrado.
Portanto, a medida em milímetros apontada nas previsões de tempo ou nos relatórios sobre chuvas considera que cada unidade corresponde a 1 litro em uma área de 1 metro quadrado.
Uma chuva de 10 mm corresponde a 10 litros de água em uma superfície plana de 1 metro quadrado. Dentro desse conceito deve-se considerar:
Chuva fraca: abaixo de 5,0 mm/h
Chuva moderada: entre 5,0 e 25 mm/h
Chuva forte: entre 25,1 e 50 mm/h
Chuva muito forte: acima de 50,0 mm/h