Avaliando estragos

Obras evitaram o pior e população deve se acostumar com 'novo normal', diz Fuad sobre temporal em BH

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
24/01/2024 às 11:14.
Atualizado em 24/01/2024 às 19:34
 (Raquel Gontijo / Hoje em Dia)

(Raquel Gontijo / Hoje em Dia)

O prefeito Fuad Noman (PSD) avaliou que os estragos deixados pelo temporal que atingiu Belo Horizonte na noite de terça-feira (23) poderiam ter sido piores, se não fossem as obras da prefeitura. Segundo o gestor municipal, as intervenções estão “respondendo adequadamente” e destacou que a cidade não registrou nenhum desastre de grande proporção e nenhum óbito, mas que em função das mudanças climáticas, as tempestades serão mais recorrentes e ocorrências de chuva fazem parte do “novo normal” da cidade. 

“Nós sabemos que vão ter por conta das mudanças climáticas cada vez mais fenômenos mais intensos e recorrentes. A gente costumava dizer que era fora do normal, mas agora nós temos que dizer que essa chuva é o novo normal. (...) Não adianta a gente querer fugir dessa realidade”, ressaltou o prefeito durante coletiva na manhã desta quarta-feira (24). 

Apesar das ocorrências de alagamentos, quedas de árvores e pessoas ilhadas, Fuad destacou que a cidade não teve nenhum problema sério de deslizamento de encostas ou casas destruídas. “Se nós fizermos uma comparação, se essa chuva tivesse acontecido em alguns anos anteriores o desastre teria sido muito pior”.

As regiões que registraram problemas mais sérios foram Pampulha, Venda Nova e Centro-Sul. Segundo Fuad, a Defesa Civil de BH instalou postos de comando nestes locais para atender a população.

Mais chuva

E a previsão é de mais chuva forte na capital mineira hoje, com volume estimado de 80 mm (índice de precipitação considerado muito forte). Na precipitação de ontem, a região Centro-Sul, que teve o maior número de ocorrências, marcou 71 mm. A regional que mais choveu foi a Oeste, com 91 mm, o equivalente a 27,7% de todo o esperado para o mês de janeiro. 

Acumulado de chuvas (mm) nas últimas 12h:

  • Barreiro: 58,1 (17,6%)
  • Centro Sul: 71,0 (21,5%)
  • Leste: 57,0 (17,2%)
  • Nordeste: 50,0 (15,1%)
  • Noroeste: 49,4 (14,9%)
  • Norte: 41,8 (12,6%)
  • Oeste: 91,6 (27,7%)
  • Pampulha: 79,4 (24,0%)
  • Venda Nova: 60,4 (18,3%)

Fonte: Defesa Civil de Belo Horizonte (Estações Hidrometeorológicas PBH)
Média Climatológica JANEIRO 330,9 mm

Índice pluviômetro

Pelos padrões da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a unidade de medida de precipitação é o milímetro (mm). A escolha se deve a razões práticas: 1 mm de espessura corresponde a 1 litro de água em um espaço de 1 metro quadrado.

Portanto, a medida em milímetros apontada nas previsões de tempo ou nos relatórios sobre chuvas considera que cada unidade corresponde a 1 litro em uma área de 1 metro quadrado.

Uma chuva de 10 mm corresponde a 10 litros de água em uma superfície plana de 1 metro quadrado. Dentro desse conceito deve-se considerar:

Chuva fraca: abaixo de 5,0 mm/h
Chuva moderada: entre 5,0 e 25 mm/h
Chuva forte: entre 25,1 e 50 mm/h
Chuva muito forte: acima de 50,0 mm/h

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