Uma das principais obras para conter a seca no norte de Minas, a Barragem de Congonhas, anunciada em 2011, terá obras retomadas. O edital para contratação das obras de barramento foi assinado nesta quarta-feira (10), pelo ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, em cerimônia realizado no Palácio da Liberdade. Amanhã, o documento será publicado no Diário Oficial. Para essa etapa, estão previstos investimentos de R$ 183 milhões. No total, estão aprovados R$ 300 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A barragem abrange os municípios de Grão Mogol e Itacambira e terá capacidade de acumular 960 milhões de m³. A previsão é de que a barragem seja concluída em três anos e beneficie 500 mil habitantes do estado, principalmente de Montes Claros. A estrutura também irá auxiliar no controle de cheias e aumento da oferta de água dos rios Verde Grande e Jequitinhonha. Outra estrutura para amenizar a situação da seca no norte, a barragem de Berizal, que ficou com obras paradas por mais de 16 anos, tem recursos garantidos, segundo o ministro. A previsão é de que as obras custem ao Governo Federal R$ 85 milhões. “Vamos anunciar em breve a retomada das obras de Berizal. Aí, é o estado finalizar a questão das licenças ambientais e alguns outras documentações”, afirmou o ministro. Ele também anunciou R$ 10 milhões do governo federal destinados a ações emergenciais de convivência com a seca no estado, entre elas o abastecimento por caminhão pipa e implantação de adutora de engate rápido. Transposição do São Francisco O ministro garantiu a continuação das obras de revitalização da Bacia do Rio São Francisco e a transposição até 2017. Até abril, um balanço do governo mostrou que 75% da obra estava concluída. Já foram aplicados, até o momento, R$ 32 milhões de um total de R$ 128 milhões destinados à revitalização. Para a transposição, estão previstos R$ 8,2 bilhões. Contingenciamento Como parte do esforço fiscal para equilibrar as contas públicas do país, a Ministério da Integração Nacional cortou 17% da receita este ano. O ministro Gilberto Occhi anunciou que há disponível R$ 3,9 bilhões para aplicação em todo o país. “Era 4,7 bilhões e o aprovado foi R$ 3,9 bilhões. Tivemos um corte de 17%”, disse.