Obras no parque Lagoa do Nado serão retomadas

Serão retomadas na próxima segunda-feira (5) as obras de implantação das três pistas de skate do Parque Lagoa do Nado, no bairro Itapoã, zona Norte de Belo Horizonte. Curiosamente, frequentadores do local foram surpreendidos na última quarta-feira, cinco dias antes do reinício das intervenções, com duas delas praticamente cheias de entulhos.   Segundo uma fonte ligada à Fundação Municipal de Parques, as obras, ao custo de R$ 1.369.196,54, foram iniciadas em junho de 2013 e deveriam ter sido concluídas oito meses depois. A empreiteira, no entanto, abandonou os trabalhos em novembro.   Mesmo com as pistas inacabadas, os skatistas do parque estavam usando a menor delas para praticar o esporte. “Na quarta me assustei com terra, tronco de árvore e até uma caixa d’água dentro delas. Torcemos para as pistas ficarem prontas, mas está demorando. Já que dizem que vão terminá-las, por que fizeram aterro agora?”, questionou o estudante Diêgo Souza Fraga, de 14 anos.    Há cerca de três meses, um grupo de frequentadores chegou a protestar reivindicando a conclusão das obras. O estudante Matheus Felipe Santos, de 16 anos, afirma que a procura pelo espaço é grande. “Aos sábados chega a ter mais de 300 skatistas. A pista é uma forma segura de praticarmos o esporte, sem o perigo das ruas”, comentou.   “A opção mais próxima é sair de Venda Nova, pegar o metrô e ir até a pista que tem perto da avenida Waldomiro Lobo (bairro Guarani). Aqui é mais perto, posso vir a pé”, comentou Paulo Henrique Pereira dos Santos, de 14 anos, morador do bairro São João Batista.   A medida, garante a Fundação Municipal de Parques, é preventiva e temporária. Por meio de nota, o órgão informou que a terra foi jogada nas pistas para evitar o risco da proliferação do mosquito da dengue, em função do acúmulo de água, e os acidentes com o uso indevido da pista.   O que chama a atenção da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Belo Horizonte é a demora na conclusão das pistas. “Na próxima semana faremos o requerimento pedindo explicações por parte da prefeitura sobre o abandono das obras e um prazo para que elas sejam concluídas. É um empreendimento caro”, afirmou o vereador Leonardo Mattos, membro da comissão.