(Erasmo Salomao/MS/Divulgação)
A ocupação de leitos destinados ao tratamento de crianças com Covid-19 em três cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte ultrapassam 50%. Nesta quarta-feira (26), 86% das vagas em enfermarias pediátricas de Betim estão ocupados. Em Contagem, 50% da UTI e 56% da enfermaria estão ocupados. Já em Ribeirão das Neves, 117% dos leitos exclusivos para o tratamento da doença estão sendo usados.
Em Nova Lima e Ibirité, também na Grande BH, não existem leitos exclusivos para o tratamento de crianças que estejam contaminadas com o novo coronavírus. De acordo com a Prefeitura de Nova Lima, o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, que é filantrópico, está recebendo os pacientes com sintomas respiratórios. No momento, o local possui dez leitos de enfermaria pediátrica e 50% das internações são de crianças que testaram positivo para a doença.
Procurada, a Prefeitura de Ibirité informou, por meio de nota, que o Hospital de Campanha da cidade foi desativado no dia 30 de junho do ano passado, por causa do alto custo e dos repasses insuficientes dos governos estadual e federal. “Os pacientes com Covid-19 que necessitam de internação são encaminhados para outras unidades de saúde do estado, via SUSFÁCIL”, afirmou.
Belo Horizonte
Na segunda-feira (24) o Hospital João Paulo II, em Belo Horizonte, considerado a maior instituição de saúde de urgência pediátrica de Minas Gerais, anunciou que não possui mais vagas para internação. Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), todos os leitos do Hospital Infantil João Paulo II estão ocupados.
Em resposta à alta demanda de casos respiratórios, intensificada pela variante Ômicron do coronavírus, a Fhemig informou que está ampliando o número de leitos no João Paulo II e contratando mais profissionais.
Vacinação
Nesta quarta-feira (26) a Prefeitura de Belo Horizonte informou que mais da metade das crianças já convocadas para se vacinar contra a Covid-19 na capital ainda não compareceu aos pontos de vacinação para receber o imunizante. De acordo com o executivo municipal, já foram chamadas cerca de 26,5 mil crianças, mas pouco mais de 12 mil foram imunizadas - 46% do total.
Para receber o imunizante, é preciso comparecer a uma das escolas onde ocorre a vacinação acompanhado de um dos pais ou responsável legal; com documento de identidade ou certidão de nascimento; CPF; e comprovante de residência em Belo Horizonte.
Volta às Aulas
Também nesta quarta-feira, durante entrevista coletiva de imprensa, o prefeito de BH Alexandre Kalil (PSD) afirmou que a volta às aulas das crianças de 5 a 11 anos será adiada em quase uma semana por conta da circulação da variante Ômicron da Covid-19. Segundo o gestor, as atividades só retornarão a partir de 14 de fevereiro. "Temos que dar a chance de dar proteção às crianças que devem ser protegidas", afirmou.
Leia mais
Teste negativo e comprovante de vacinação serão exigidos juntos em todos os eventos em BH, diz Kalil
'Levem seus filhos para vacinar, pelo amor de Deus', pede Kalil após aumento de casos da Covid em BH
BH vai adiar volta às aulas de crianças de 5 a 11 anos para 14 de fevereiro, diz Kalil
Após receber mais doses da Pfizer, BH amplia vacinação contra Covid e convoca crianças de 9 anos