(Divulgação/Mãos sem Fronteiras)
Além das doações de alimentos e apoio material às vítimas da catástrofe em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, voluntários também têm prestado auxílio emocional, por meio de terapias de relaxamento, às famílias e aos profissionais que atuam na cidade.
Desde sexta-feira (1°) em Brumadinho, a ONG Mãos Sem Fronteiras, que há 20 anos atua no país com 850 voluntários apenas em Minas, oferece um acolhimento de estimulação neural - técnica de relaxamento similar ao reiki. O tratamento tem sido feito com dezenas de famílias, mas também com policiais, bombeiros, socorristas e até animais.
Por meio da estimulação de pontos vitais do corpo, como cabeça, costas e nuca, cinco voluntárias ajudam no relaxamento das pessoas que lidam diariamente com o luto e a dor instalada em Brumadinho. A espécie de terapia, realizada na Paróquia São Sebastião e também na casa das famílias, é feita em grupo, o que fortalece os laços entre os atingidos.
"Muitas vezes o foco maior são as doações de alimentos, roupas, materiais básicos. Mas o acolhimento emocional tem sido uma prioridade. A maioria das pessoas tem guardado a dor porque é tanta ajuda necessária que mal dá tempo de sofrer. Com a estimulação neural, elas têm a chance de relaxar e colocar para fora dores insuportáveis. Além de ser um momento em que se sentem extremamente acolhidas. Até animais resgatados ou que ajudam nas buscas de desaparecidos receberam a estimulação neural para aliviar o estresse", diz Josiane Silveira, uma das voluntárias.
A ONG Mão Sem Fronteiras permanece em Brumadinho pelas próximas três semanas, com revezamento de um grupo de pelo menos cinco voluntários presentes na cidade.