Cerca de 30% do eleitorado mineiro ainda não está apto a votar com a digital
Ônibus do TRE atende eleitores na Praça 7, ao lado do UAI, no Centro de BH (Valéria Marques/ Hoje em Dia)
O ônibus do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) estacionou na Praça 7, no Centro de Belo Horizonte, nesta terça-feira (23), para incentivar o cadastramento biométrico dos eleitores. Segundo o órgão, cerca de 30% do eleitorado mineiro ainda não cadastrou a biometria.
“A presença do Tribunal Regional no coração da cidade visa elevar os números do cadastramento biométrico para que possamos fortalecer o processo de votação. (..) São várias iniciativas do tribunal, porque não estamos restritos a aguardar o eleitor ir ao cartório. Nós estamos indo ao eleitor, literalmente”, disse o presidente do TRE-MG, desembargador Júlio César Lorens.
Atualmente, 71,1% do eleitorado mineiro apto a votar tem a biometria cadastrada. Em Belo Horizonte, são 68,29%. Segundo o TRE, o cadastramento não será obrigatório nas eleições de 2026. Qualquer eleitor que estiver com o título em dia poderá votar, mesmo que ainda não tenha feito a biometria.
“A Justiça Eleitoral incentiva que os eleitores cadastrem a biometria, porque ela ajuda a tornar o voto ainda mais seguro, já que evita que uma pessoa vote no lugar de outra”, diz comunicado do TRE.
O tribunal esclareceu também que o eleitor que não sabe se fez ou não o cadastramento biométrico, pode consultar a situação consulta ligando para o Disque-Eleitor (148), no aplicativo e-Título ou pelo sistema Autoatendimento Eleitoral (Título Eleitoral/Consultar situação eleitoral).
Quem já tinha cadastrado a biometria em um cartório eleitoral e fez a identificação biométrica em todas as eleições não precisa cadastrar novamente.
Nas eleições de 2022 e 2024, a Justiça Eleitoral teve a possibilidade de aproveitar a biometria coletada por outros órgãos, como Detran e Instituto de Identificação da Polícia Civil. Os eleitores que não tinham a biometria cadastrada no TRE, mas tinham em outros órgãos foram solicitados a fazer a identificação biométrica na seção eleitoral.
No entanto, o tribunal afirma que o aproveitamento desses dados depende de as informações coletadas pelos outros órgãos terem as características e qualidade compatíveis com os parâmetros da Justiça Eleitoral.
Assim, o órgão recomenda que os eleitores nessa situação confiram se a biometria foi de fato validada e consta na base de dados da Justiça Eleitoral.
Eleitores fazendo o cadastramento biométrico no ônibus do TRE, na Praça 7, no Centro de BH (Valéria Marques/ Hoje em Dia)
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