Criminosos enganavam menores de idade pela internet; vítimas compartilhavam conteúdos de nudez
Investigados induziam menores de idade pela internet a enviarem conteúdos de nudez para depois compartilhar em grupos de redes sociais (Divulgação/ MPMG)
Uma operação investiga um grupo criminoso suspeito de envolvimento na produção, armazenamento e disseminação de material de abuso sexual infantil em Minas e em outros 19 estados brasileiros. Foram cumpridos 94 mandados de busca e apreensão e um de prisão nesta quinta-feira (31). Minas é o estado com o 2º maior número de investigados e mandados.
O número de investigados por Estado ainda não foi divulgado pelas autoridades. Segundo a Polícia Civil de São Paulo (PCSP), a investigação indicou que os criminosos se comunicavam com crianças e adolescentes em plataformas digitais, como chats de jogos e redes sociais, manipulando as vítimas a criar conteúdos de nudez, que posteriormente eram divulgados.
Os conteúdos eram compartilhados em grupos fechados de troca de mensagens, como Telegram, Instagram, Signal e WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox.
Um homem foi preso acusado de produzir, armazenar e divulgar materiais pornográficos infantis. Computadores, notebooks e outros equipamentos foram apreendidos para análise para identificar outros envolvidos.
A ação contou com o apoio da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations – HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos, com foco no combate à exploração sexual infantil na internet.
Ainda conforme a polícia, o nome da operação - Operação Lobo Mau - faz referência ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.
A operação foi iniciada e coordenada nacionalmente pelo Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São José do Rio Preto, e pela Polícia Civil do Estado de São Paulo.
*Estagiário, sob supervisão de Renato Fonseca
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