Operação prende pai e filho suspeitos de vender medicamentos abortivos no Sul de Minas

Daniele Franco
06/08/2019 às 18:17.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:53
 (Divulgação/PCMG)

(Divulgação/PCMG)

Pai e filho, de 59 e 33 anos, respectivamente, foram presos nessa segunda-feira (5) em Poços de Caldas, no Sul de Minas, suspeitos de vender medicamentos abortivos. As prisões foram efetuadas na segunda fase da operação Anjos da Morte, da Polícia Civil, cuja primeira fase foi executada em junho após a PC prender em flagrante um homem que estaria vendendo os comprimidos no Centro da cidade.

Segundo a PC, na casa do pai foram encontrados materiais como invólucros plásticos e envelopes bancários, usados para embalar o produto, e cartelas de Cytotec, medicamento abortivo proibido pela Anvisa. Foram apreendidos ainda celulares e a quantia de R$ 2200. O pai foi preso também em flagrante por tráfico de drogas.

De acordo com o delegado Cleyson Brene, que comanda as investigações, os policiais chegaram ao pai através das apreensões da primeira fase, na qual o homem preso teve o celular apreendido. No aparelho, foram encontrados indícios de que o homem preso nesta semana já trabalhava com os medicamentos e estava mais alto na hierarquia da organização. O filho, por sua vez, era o responsável pela distribuição dos medicamentos às compradoras.

Agora, de acordo com o delegado, as investigações continuam no sentido de encontrar os fornecedores dos medicamentos e mulheres que praticaram o crime de aborto. "Já temos uma lista com mais de 50 envios e enviamos o relatório de inteligência para identificar as mulheres que compraram, inclusive com a repercussão da segunda fase já recebemos expedientes de outras cidades solicitando ouvir o depoimento dos suspeitos", explicou Brene.

Segundo as investigações, as mulheres que adquiriam a droga pela internet e o medicamento era enviado pelos Correios. As mulheres, então, eram orientadas sobre como deveriam ingerir o medicamento e enviavam fotos com o resultado dos abortos. Os medicamentos seriam adquiridos no Paraguai e distribuídos em cidades como Campinas, São Paulo, Belo Horizonte e outras do Paraná.

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