'Sepulcro Caiado'

Operação termina com 31 presos, R$ 3,5 bi bloqueados e 30 cavalos de raça recolhidos em 4 estados

Cerca de 500 policiais civis, militares e penais participaram da operação que foi nomeada de 'Sepulcro Caiado'

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
23/08/2023 às 16:42.
Atualizado em 23/08/2023 às 18:21
Foram alvos de busca e apreensão 21 empresas investigadas por lavagem de dinheiro, as quais tiveram as contas bloqueada (Divulgação / PCMG)

Foram alvos de busca e apreensão 21 empresas investigadas por lavagem de dinheiro, as quais tiveram as contas bloqueada (Divulgação / PCMG)

A Polícia Civil de Minas deflagrou, nesta quarta-feira (23), operação que resultou na prisão de 31 pessoas, além do sequestro judicial de 49 veículos, 14 imóveis, 30 cavalos de raça e bloqueio de ativos financeiros no valor de 3,5 bilhões. A investigação foi realizada pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora.

Cerca de 500 policiais civis, militares e penais participaram da operação que foi nomeada 'Sepulcro Caiado' - termo bíblico que transmite a ideia de algo bonito por fora, com acabamento e beleza, mas que é fétido por dentro, revelando o seu verdadeiro significado, em referência à natureza do esquema criminoso investigado.

A ação realizada simultaneamente em Juiz de Fora, Lima Duarte, Divinópolis, Cariacica (ES), São Paulo e Rio de Janeiro. Dos 31 mandados cumpridos, 29 foram em Juiz de Fora, um em Lima Duarte e um São Paulo. Foram alvos de busca e apreensão 21 empresas investigadas por lavagem de dinheiro, as quais tiveram as contas bloqueadas.

De acordo com o delegado responsável pela operação, Rômulo Segantini, as investigações iniciaram em 2021. Foi apurado que empresas eram utilizadas para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Uma empresa instalada no Espírito Santo também está entre as investigadas.

"Um dos líderes da organização criminosa adquiria cavalos de raça. Ao todo, foram 30 semoventes apreendidos, que são avaliados em quase R$ 1 milhão", ressaltou.

Entre as empresas, estão bares, restaurantes, açougues e distribuidoras de bebidas situadas em diferentes regiões de Juiz de Fora. Contudo, a investigação apontou que o bairro Vila Ideal, na Zona Norte, concentrou a maior movimentação do tráfico de drogas. Os bairros Furtado de Menezes, Poço Rico, Grambery e Olavo Costa também tiveram empresas dentre os alvos.

O rastreamento dos valores chegou a apurar a movimentação de cerca de R$ 3,5 bilhões. Além de ligações com tráfico de drogas em outros estados, as organizações criminosas também atuavam no roubo e clonagem de veículos.

Para o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora, delegado Eurico da Cunha Neto, a operação é um feito histórico.

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