Operários param obras do BRT para exigir alimentação melhor

Celso Martins - Hoje em Dia
14/05/2013 às 08:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:39

Depois da demolição de uma estação do BRT da avenida Cristiano Machado, na quinta-feira, as obras do novo sistema de transporte da capital ficaram paralisadas na última segunda-feira (13) por aproximadamente quatro horas. Cerca de 90 trabalhadores cruzaram os braços para cobrar melhorias no café da manhã, no almoço e aumento das horas extras.

A paralisação ficou mais concentrada no bairro 1º de Maio, Norte de Belo Horizonte, onde estão sendo realizadas obras de drenagem. Nas avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado a adesão foi menor, mas as obras foram paralisadas por cerca de duas horas na manhã da última segunda-feira (13).

Os operários só voltaram ao trabalho depois de um acordo com o consórcio Constran. As horas extras pagas aos sábados, que antes eram de 60%, vão passar para 80% sobre a hora trabalhada a partir do próximo fim de semana.

Uma das principais reclamações dos operários que trabalham nas obras do BRT era em relação à qualidade do almoço, com pouca variedade de verduras e legumes, além da carne servida, que não era de boa qualidade. O consórcio Constran informou que vai trocar o fornecedor da alimentação.

“Os trabalhadores estavam reclamando que o café da manhã estava muito regrado, com apenas um pão para cada um. A partir desta semana serão oferecidos dois pãezinhos e café com leite à vontade”, disse um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada, Lacir Santos Silva.

Os operários ameaçam fazer uma nova paralisação a partir do dia 28. Esse é o prazo dado pelo sindicato para que o consórcio Constran apresente uma resposta sobre a criação de um prêmio de produtividade e pague para os operários participação nos lucros. A empresa informou que está analisando o pedido dos trabalhadores.
“Os empresários que fazem parte do consórcio demonstraram boa vontade em atender as reivindicações dos trabalhadores. Há vontade de um grupo de paralisar as obras se não houver repasse financeiro para os trabalhadores”, declarou o sindicalista.

Estação

Conforme o Hoje em Dia mostrou com exclusividade na edição de sexta-feira (10), a estação que foi demolida custou R$ 1,8 milhão. A prefeitura garante que o prejuízo não será arcado pelo contribuinte.

A construtora responsável pelas obras informou que vai assumir o prejuízo e alegou que a estação destruída era um protótipo para escolha da prefeitura.

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