GOVERNADOR VALADARES – A exposição de veículos à venda nas ruas e avenidas por concessionárias e revendedores particulares agrava o caos no trânsito e irrita os motoristas de Governador Valadares, que reclamam da falta de vagas para estacionar. Em alguns casos, carros e motos são expostos em áreas do rotativo Zona Azul, onde o tempo deveria ser limitado em duas horas por cartão, que custa R$ 1,30.
De acordo com a Gerência de Fiscalização de Posturas do Departamento de Controle Urbano, a cidade oferece 1.800 vagas para o rotativo, mas desconhece quantas são as concessionárias e revendedoras em funcionamento. A estimativa é de 12 autorizadas e mais de 30 multimarcas, sem contar as chamadas “meio-fio veículos”, comerciantes que estacionam os veículos à venda nas ruas e avenidas à espera de clientes.
A irregularidade não está limitada ao Centro. Assim como na avenida Brasil, a rua 13 de Maio, no bairro Santa Terezinha, é uma vitrine a céu aberto. “Enquanto isso, a gente fica rodando à procura de uma vaga, cada dia mais difícil em Valadares. Se eu colocasse uma barraca para vender qualquer coisa na rua, a fiscalização chegaria logo. Mas para esse problema fazem vista grossa”, reclamou o agente de segurança Alexandro Oliveira.
O representante comercial G.L.M,. de 35 anos, reclama também do uso de cones por lojistas para demarcação de vagas em frente aos seus estabelecimentos, de contêineres que ocupam áreas onde caberiam dois veículos e da ação dos lavadores de carro e flanelinhas que pedem “contribuição”, mesmo nos quarteirões regulamentados pelo Zona Azul.
“É um absurdo, um descaso do poder público”, reclama, contando que recentemente tentou estacionar na rua Barão do Rio Branco, no Centro, mas um lavador de carros brigou por ter “invadido” uma área demarcada com cones que deveria ser usada somente por quem fosse utilizar o serviço de lavagem. “Falei que o trecho é de Zona Azul e eu estava com o cartão, mas discutimos e achei melhor procurar outro lugar para estacionar. Me senti intimidado”, contou. Nas imediações da Rodoviária, trecho de rotativo da avenida Brasil, o problema com flanelinhas é antigo. “A forma como nos abordam já é uma ameaça”, disse a servidora municipal Michele Figueiredo, de 34 anos.
Leia mais na edição digital