Tocantins

Ossada encontrada em córrego na Zona da Mata pode ser de mulher trans assassinada em janeiro

Da Redação
Portal@hojeemdia.com.br
08/02/2023 às 19:33.
Atualizado em 08/02/2023 às 19:43
Ossada humana foi encontrada em córrego no município de Tocantins na Zona da Mata e pode ser de mulher trans desaparecida (Polícia Civil / Divulgação)

Ossada humana foi encontrada em córrego no município de Tocantins na Zona da Mata e pode ser de mulher trans desaparecida (Polícia Civil / Divulgação)

A ossada humana encontrada por equipes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nessa terça-feira (7), em um córrego do município de Tocantins, na Zona da Mata, pode ser de uma mulher trans de 25 anos, que desapareceu em Ubá, na mesma região, no dia 4 de janeiro.

As investigações dos policiais resultaram na prisão temporária de uma mulher trans de 28 anos de 28 e do namorado dela de  29 anos, suspeitos de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em entrevista coletiva concedida à imprensa nesta quarta-feira (8), delegados da PCMG deram detalhes do  assassinato.

Segundo eles, amostras genéticas recolhidas nos restos mortais encontrados no córrego, durante buscas realizadas para arrecadar materiais de interesse da investigação, serão encaminhadas ao Instituto Médico Legal Dr. André Roquette, unidade da PCMG em Belo Horizonte. 

"No local onde encontramos a ossada, foi localizada a roupa que a vítima estava vestindo quando foi vista pela última vez. Além disso, também foram encontrados um chinelo, documentos e um aparelho celular que seria dela", informou o delegado Douglas Motta.

Peritos também irão analisar material genético coletado de parentes, para comparação de DNA. Os investigados foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.

Investigações

Durante a coletiva, o delegado Douglas Motta explicou que, assim que a PCMG tomou conhecimento do desaparecimento, foram iniciadas diligências para tentar localizar a vítima.

"Durante as investigações, constatou-se que a mulher trans havia sido assassinada", disse  o delegado, que destacou ainda que levantamentos da PCMG apontaram que uma mulher trans de 28 anos é suspeita de ser a mandante do homicídio e o namorado dela de 29 o executor do crime.

Apurações da Polícia Civil apontaram que a vítima foi vista pela última vez entrando no interior do veículo do homem, na Praça Getúlio Vargas, em Ubá, indo sentido à cidade de Tocantins. Investigações preliminares indicam que a vítima teria sido executada com disparo de arma de fogo, desferido na região frontal da cabeça.

O crime teria sido motivado por motivo de vingança, em virtude de desavença ocorrida anteriormente, em novembro do último ano, quando houve uma briga entre a vítima e a investigada.

O Brasil é o país com mais mortes de pessoas trans e travestis no mundo pelo 14º ano consecutivo. Segundo o Dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), México e Estados Unidos aparecem em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

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